Empreendimento, a executar no âmbito do Revive, com 131 quartos foi um dos três investimentos hoteleiros aprovados pelo Município de Lisboa.
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A Câmara de Lisboa aprovou, esta sexta-feira, projetos para três novos hotéis: um no antigo Convento de Nossa Senhora da Graça, na freguesia de São Vicente, e dois em Arroios. Os empreendimentos foram viabilizados com a abstenção de PS e o voto de qualidade do presidente em exercício, função desempenhada pelo vice-presidente, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), após empate entre votos a favor e votos contra.
O projeto a realizar no antigo Convento de Nossa Senhora da Graça foi apresentado pela empresa AZIRIVER - Empreendimentos Turísticos, no âmbito do programa Revive, na qualidade de concessionária do imóvel, pretendendo o licenciamento de uma obra de ampliação com demolição, para a construção de um hotel.
Com uma superfície de pavimento de 18 922,17 metros quadrados (m2), a proposta destina-se "ao uso turístico, com uma capacidade máxima de 262 camas fixas, distribuídas por 131 unidades de alojamento, nomeadamente 95 quartos duplos e 36 suítes, incluindo um estacionamento com 173 lugares privados e 22 lugares de estacionamento público, cujo acesso se efetua pela Rua Damasceno Monteiro", pode ler-se, ainda, documento municipal.
A edificação no antigo Convento da Graça tem quatro pisos acima da cota de soleira e três pisos em cave, destinados a estacionamento, áreas de serviço do hotel e SPA.
Terreno para escola
Em Arroios, um dos dois hotéis a construir fica no Campo dos Mártires da Pátria n.º 40-43 e na Rua de Santo António dos Capuchos n.º 90-92, pela Patriarq Investment. A empresa é a proprietária do imóvel.
O outro hotel nascerá na Rua Joaquim Bonifácio n.º 23-35, tornejando para a Rua Gomes Freire.
O empreendimento foi apresentado pela empresa proprietária 4 Travellers, projetando-se a "demolição de dois edifícios preexistentes, destinados aos usos habitacional, terciário e turismo".
O projeto desenvolve-se em seis pisos acima da cota de soleira e cinco pisos enterrados e terá "92 unidades de alojamento (87 quartos duplos e cinco quartos triplos)". Os pisos abaixo da cota de soleira destinam-se a estacionamento privativo (28 lugares), parqueamento de bicicletas (10 lugares), áreas técnicas, áreas de serviço do hotel, compartimento para deposição de resíduos sólidos e ginásio.
O Município deu aval, também, ao loteamento de dois prédios no Casal de Santa Luzia, na Estefânia, em que se prevê, no máximo, construir 102 casas. Este é processo bloqueado há várias décadas. Em Arroios, será cedido um terreno para construir uma escola básica do 1.º ciclo e jardim de infância, contígua ao Liceu Camões.
Rejeitado leilão para concessionar centro de ténis de Monsanto
A proposta da liderança PSD/CDS-PP para realizar uma hasta pública para a concessão do Centro de Ténis de Monsanto, pelo valor base de licitação de com mil euros por mês durante 30 anos, foi rejeitada ontem com os votos da totalidade dos vereadores da Oposição, nomeadamente PS, Cidadãos por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), PCP, Livre e BE.
O Executivo, liderado por Carlos Moedas, pretendia autorizar o lançamento de um leilão para entregar a exploração por 30 anos do centro de ténis de Monsanto, sito no Parque Florestal de Monsanto, a um privado. Atualmente, o espaço é ocupado pela Associação de Ténis de Lisboa.
Em abril, a associação comunicou a decisão de que, a partir de 31 de julho, deixar de prestar serviços e de ter instalações de apoio e atendimento naquele centro. A partir da próxima semana, a associação põe termo à concessão, acordada com a Câmara de Lisboa e que se mantinha desde 1983.