A Câmara Municipal de Sintra pretende apoiar, até julho, dois mil empresários do concelho através de um fundo municipal de emergência, que foi lançado há duas semanas, e contempla uma verba de três milhões de euros, anunciou esta terça-feira, o presidente da Autarquia, Basílio Horta.
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Este fundo municipal de emergência empresarial, que foi lançado há duas semanas, e já recebeu 557 candidaturas, contempla uma verba de três milhões de euros destinados a empresários que exerçam a sua atividade em nome individual ou enquanto sócios gerentes de sociedades comerciais, nas áreas da restauração e similares, comércio de bens a retalho e prestação de serviço.
No entanto, só poderão ser apoiadas atividades que não excedam o valor de 100 mil euros por ano e, exclusivamente, empresários cujo rendimento bruto familiar, em sede de IRS, não tenha ultrapassado no ano de 2018 o valor de 30 mil euros.
Os empresários que forem selecionados terão acesso a uma prestação de 1500 euros, equivalente a duas remunerações mínimas mensais garantidas, calculadas com base em 14 meses.
Como contrapartida, os empresários que beneficiarem deste apoio ficam obrigados a manter todos os postos de trabalho, pelo menos, até 31 de dezembro de 2020.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta (PS), referiu que das 557 candidaturas efetivas já recebidas, 115 já foram aprovadas.
"Hoje mesmo estes 115 empresários irão receber este apoio. Inicialmente, estava previsto receberem só durante o mês de junho e julho, mas decidimos antecipar. O dinheiro faz-lhes falta já", justificou o autarca.
Entretanto, 365 candidaturas aguardam análise por parte dos serviços da autarquia.
"Vamos manter as inscrições abertas até 31 de maio. O nosso limite será apoiar até 2000 empresários, pelo menos nesta primeira fase. A situação económica preocupa-nos muito", apontou.
A autarquia estima que este apoio aos empresários possa gerar um ganho económico de cerca de 11 milhões de euros.
"Para já fazemos um balanço muito positivo. É muito importante dar condições ao tecido empresarial para salvar empregos. Depois de 31 julho avaliaremos a necessidade de criar outras medidas de apoio", atestou.