<p>A Câmara de Valongo aprovou, esta quinta-feira, o "documento de prestação de contas" relativo ao ano passado. Para os vereadores eleitos pelo PS, a dívida da Autarquia ascendeu, em Dezembro de 2008, aos 15 milhões de euros, um aumento de 80% em relação a igual período do ano anterior.</p>
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Maria José Azevedo, vereadora eleita pelo PS e agora candidata independente à presidência da Autarquia, salientou que, em Abril do ano passado, a dívida havia sido reduzida para sete milhões de euros. "De então para cá, com a proximidade das eleições autárquicas, voltou a disparar", pode ler-se na declaração de voto apresentada pelos vereadores da Oposição, que sublinham a "inexistência de obras de fundo" que justifiquem o aumento da dívida.
"Fernando Melo foi candidato, em 2005, com o objectivo de sanear financeiramente a Câmara. O que conseguiu, até Abril do ano passado, embora à custa da diminuição do investimento. Quando decidiu recandidatar-se, a dívida voltou a disparar. Como não houve tempo para apresentar grandes projectos, fazem-se intervenções avulsas", disse, ao JN, Maria José Azevedo.
Os vereadores afirmam que o documento, ontem aprovado, "é elucidativo da (in)capacidade de realização deste Executivo".
"Mais uma vez, o montante inicialmente orçamentado de receita foi executado apenas em metade. Melhor desempenho teve o Executivo na concretização da despesa corrente, porque, no que se refere a despesa de capital, a sua execução ficou-se, também, por pouco mais de metade do previsto", refere a declaração de voto.
Maria José Azevedo alertou, igualmente, para o facto de o prazo de pagamento a fornecedores se situar, actualmente, em 365 dias quando, em Abril do ano passado, a Autarquia "pagava a 80 dias".
O Executivo defendeu que o documento "espelha o investimento feito ao longo do último ano, em áreas como a Educação, o Ambiente e vias públicas", realçando a renovação do parque escolar, orçada em 23 milhões de euros.