Autarquia vai assumir o défice de exploração durante um ano para que resposta aos jovens utentes não seja interrompida. Mas relembra que os quatro centros são tutelados pela Segurança Social e funcionam em instalações cedidas gratuitamente pelo Município
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A Câmara do Porto já manifestou à Diocese do Porto e à Segurança Social disponibilidade para assumir o défice de exploração dos quatro ATL's, geridos pela Obra Diocesana, pelo período de um ano, garantindo que esta resposta social não seja interrompida, havendo assim tempo para encontrar uma alternativa.
A decisão do município surge após a Obra Diocesana ter anunciado o encerramento dos quatro centros de atividades de tempos livres instalados nos Centros Sociais que possui no Porto: nos bairros do Lagarteiro, Regado, da Fonte da Moura e de S. Roque. A instituição alegou dificuldades financeiras e alegou como principal fator para a decisão o facto a falta do apoio até agora assegurado preferencialmente pelas câmaras, na sequência da descentralização de competências na Educação, para além dos edifícios em causa não terem condições.
A autarquia portuense mostra-se surpreendida com a notícia e estranha não ter havido "qualquer contacto por parte da Diocese do Porto com a Câmara Municipal do Porto, a exemplo do que já anteriormente sucedeu com o Centro Social de Cedofeita".
O município dará o apoio durante um ano mas relembra que a resposta de ATL é tutelada pela Segurança Social mediante acordos de colaboração com as IPSS. Acrescenta ainda que, "ao longo dos anos, a generalidade de respostas sociais da Obra Diocesana são desenvolvidas em instalações cedidas, a título gratuito, pela Câmara Municipal do Porto que, anualmente, concede uma verba de 200 mil euros, destinada às obras de manutenção destes equipamentos".