Com a previsão de baixas temperaturas a partir de 1 de janeiro, a Câmara do Porto preparou a distribuição de cobertores, alimentação e medidas quentes para pessoas em situação de sem-abrigo, bem como o acolhimento de emergência, para quem o desejar.
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O plano de contingência para pessoas em situação de sem-abrigo, no Porto, está ativo deste as oito horas desta quarta-feira, informa a Autarquia.
A decisão foi tomada na sequência de uma reunião extraordinária do NPISA (Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo) Porto, tendo em consideração a necessidade de rastreio da população em causa que pretenda ir para o Centro de Acolhimento de Emergência Covid-19. Esta estrutura, criada pelo Município nas instalações do antigo Hospital Joaquim Urbano, tem capacidade para 40 pessoas.
Entre esta quarta e quinta-feira, as equipas de rua - que contam com elementos do departamento de coesão social, Segurança Social, Polícia e Proteção Civil Municipal, Sapadores do Porto, entre outras organizações -, vão sensibilizar as pessoas em situação de sem-abrigo a integrar o Centro de Acolhimento, de forma a articular a programação, transporte e rastreio dos interessados. "Um trabalho necessário face à situação de pandemia, e que terá a colaboração dos Agrupamentos de Centros de Saúde Porto Ocidental e Porto Oriental no teste à covid-19, à entrada no Centro", explica a Autarquia.
Acolhimento na estação de metro
A partir desta sexta-feira, dia 1 de janeiro, e durante os dias em que o Plano de Contingência se mantiver ativo, duas equipas multidisciplinares vão percorrer as ruas do Porto, garantindo o transporte das pessoas que o desejem para pernoitarem na estação de Metro dos Aliados (que se manterá aberta durante a noite, com esta finalidade, entre as 21 e as oito horas durante o período em que vigorar o Plano de Contingência). Serão providenciados cobertores e alimentação e, no dia seguinte, os interessados serão conduzidos para o Centro de Acolhimento de Emergência.
As equipas da Proteção Civil e de voluntários reforçarão o apoio com cobertores, alimentação e bebidas quentes às pessoas que não aceitem as possibilidades colocadas à disposição.
Os três restaurantes solidários, relembra a Autarquia, mantêm-se em funcionamento, assegurando cerca de 500 refeições diárias.