A Câmara Municipal da Batalha requereu a atribuição da concessão de exploração de águas minerais do lugar de Brancas para reactivar as termas que aí funcionaram no século passado.
Corpo do artigo
O pedido foi feito à Direcção-Geral de Energia e Geologia, estando a decorrer o prazo para apresentação de reclamações.
O presidente da autarquia, António Lucas, explicou hoje à Agência Lusa que a solicitação para a concessão da água surgiu na sequência da aquisição das instalações onde funcionaram as termas, conhecidas como Salgadas, e que agora integram o Centro Hospitalar Nossa Senhora da Conceição, da Misericórdia da Batalha.
"A partir do momento em que pensámos na aquisição daquele espaço, foi com o objectivo de reactivarmos as termas ali existentes até à década de 50", disse o autarca, sublinhando que "é público que o turismo de saúde/lazer está em alta e continuará".
António Lucas esclareceu que previamente ao pedido foi efectuada, durante 18 meses, "através de análises constantes", a monitorização de um furo de água no local, num terreno com um hectare propriedade da autarquia.
"Foi efectuado um relatório por um médico hidrologista e foi obtido o parecer favorável da Direcção-Geral da Saúde", acrescentou o autarca, sublinhando que ambos "concluíram que a qualidade da água é excelente".
O autarca esclareceu que o projecto para o local, "de carácter público ou em parceria, contemplará o balneário termal" e apostará "na qualidade e sustentabilidade".
"O objectivo é o aproveitamento de sinergias", garantiu, referindo que a unidade de cuidados continuados do centro hospitalar "não construiu piscina, uma vez que poderá aproveitar a que será construída ao lado, no balneário das termas".
O presidente da Câmara da Batalha salientou que a autarquia vai "avançar com um projecto faseado, permitindo crescer à medida que a procura for aumentando", adiantando que "o investimento previsto na fase inicial rondará os dois milhões de euros".
António Lucas disse ainda que o município, "em conjunto com as termas da região Centro", efectuou uma candidatura ao Programa de Valorização Económica dos Recursos Endógenos, que possibilitará o apoio comunitário para o balneário".
Segundo o responsável, o objectivo deste investimento é permitir aos cidadãos "o usufruto de águas medicinais de elevada qualidade e a criação de riqueza para o concelho".