Câmara suspende iluminação nas aldeias durante a madrugada para poupar 20 mil euros/mês
O presidente de câmara de Freixo Espada à Cinta, José Santos, admitiu que a autarquia vai poupar cerca de 20 mil euros/mês com a interrupção da iluminação pública durante a madrugada nas freguesias do concelho.
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Em nome da "contenção financeira", a autarquia transmontana, em acordo com as seis juntas de freguesias, decidiram "desligar" a iluminação pública no período compreendido entre as 1 e as 5.30 horas, nas seis freguesias.
"Tomámos esta medida, mas avisámos e consultámos previamente as populações", acrescentou o presidente de câmara de Freixo Espada à Cinta, José Santos.
O autarca admite que a medida foi tomada para fazer face aos cortes de receitas provenientes do Fundo de Equilíbrio Financeiro (FEF) para autarquias e do aumento do preço acrescido do valor IVA para 23 por cento na factura da electricidade.
A autarquia de Freixo de Espada à Cinta paga em média cerca de 120 mil euros/mês de electricidade destinada à iluminação pública.
Segundo o autarca, foram apresentadas às populações abrangidas pela medida algumas hipóteses no sentido de haver mais economia na factura da electricidade e a decisão tomada em "consenso" foi a de desligar os pontos de luz entre 1 e as 5.30 horas, em alternativa a desligar os pontos de luz de forma alternada durante o todo o período nocturno.
"Não se optou por desligar apenas alguns pontos de luz ao longo de toda a noite, porque essa hipótese traria alguns problemas aos habitantes das aldeias, já que as artérias das freguesias ficam menos iluminadas", rematou.
No entanto, a decisão passa agora por um período de avaliação. É certo, porém, que terá de haver "poupança" no consumo de electricidade para a eliminação pública.
José Santos avançou que a medida de "racionalização da iluminação pública" surgiu com base numa tomada de posição da CIM Douro, à qual o concelho de Freixo de Espada à Cinta pertence.