A certificação da camisola poveira, peça de vestuário típica da Póvoa de Varzim, potencia a imagem do concelho dentro e fora do país e protege contra utilizações abusivas, disse nesta sexta-feira a vereadora da Coesão Social.
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No dia em que se realizou a cerimónia de certificação da camisola poveira, a vereadora Andrea Silva afirmou que este momento é um passo "muito importante e marcante" na história poveira, porque é o culminar de um processo que visa preservar as tradições históricas locais.
"O objetivo é apostar e proteger a imagem da Póvoa de Varzim", sublinhou. O facto de a camisola ser agora certificada dá aos compradores maior segurança porque sabem que estão a comprar um produto de qualidade e confecionado como antigamente, referiu. Além disso, acrescentou, a certificação protege contra utilizações abusivas.
Andrea Silva apontou ainda a importância de manter viva a tradição e a história, passando a mesma às gerações futuras. Nesse âmbito, a Câmara tem vindo a apostar na formação e aprendizagem da arte de confecionar a camisola, tal como na promoção de sessões de esclarecimento dirigidas às artesãs locais, contou.
A vereadora comentou que, até ao momento, já existem 60 artesãs certificadas e mais de 150 inscritas nas formações.
O processo de certificação da camisola poveira recebeu parecer positivo da Comissão Consultiva para a Certificação de Produções Artesanais Tradicionais, segundo um aviso publicado a 18 de fevereiro em Diário da República.
A certificação foi espoletada após uma estilista ter lançado na sua coleção uma cópia da camisola como um artigo de inspiração mexicana. A polémica chegou às redes sociais e, entretanto, a estilista admitiu o erro e retirou o artigo da sua loja online, pedindo desculpa.