<p>Várias "caravelas portuguesas" - organismos perigosos que causam alergias ou até queimaduras na pele - deram ontem, quarta-feira, à costa a norte da Foz do Arelho, Caldas da Rainha, obrigando os nadadores-salvadores a içar a bandeira vermelha.</p>
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"Bastantes 'caravelas portuguesas' deram à costa na Praia do Mar, razão pela qual foi içada a bandeira vermelha durante o dia e avisados os banhistas para não tocarem nas caravelas", contou à agência Lusa o comandante da Capitania de Peniche, José Luís Guerreiro Cardoso.
Ainda sem explicações para o seu aparecimento na zona, o responsável adiantou que as "caravelas portuguesas" poderão voltar a dar à costa, como já tinha acontecido no domingo.
Guerreiro Cardoso adiantou que foram dadas indicações aos nadadores-salvadores para estarem atentos a outros organismos que possam dar à costa e, caso isso aconteça, removê-los da água, a fim de evitar qualquer acidente com banhistas. Ontem, não houve, porém, registo de ataques a frequentadores da praia.
"É preciso que os banhistas tenham cuidado caso as 'caravelas portuguesas' voltem a aparecer", alertou, adiantando que o contacto com este organismos pode causar alergias e até queimaduras.
No ano passado, os organismos deram à costa em várias praias do Oeste, tendo provocado ferimentos em duas crianças em Peniche.
O porta-voz do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), comandante Nuno Leitão, explicou à Lusa que, embora seja comum nos Açores, a aproximação de "caravelas portuguesas" às praias do continente é um fenómeno raro e imprevisível.
Erradamente identificado como alforreca, a "caravela" é um sifonófero pouco estudado pelos biólogos em Portugal, que anda em grupo à deriva no mar aberto.