<p>A Praia do Mar, na Foz do Arelho, em Caldas da Rainha, vai manter a bandeira vermelha hasteada até que parem de dar à costa as "caravelas portuguesas", espécie de alforreca perigosa que tem sido avistada na zona desde domingo.</p>
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"As instruções aos nadadores-salvadores e vigilantes é para içar a bandeira vermelha sempre que haja caravelas na zona de banhos", afirma ao JN Guerreiro Cardoso, o comandante da Capitania do Porto de Peniche, acrescentando que a ordem irá manter-se até que cessem os avistamentos.
Segundo o responsável, são já "largas dezenas" as caravelas recolhidas desde domingo, e centenas as que foram vistas nas águas, motivo mais do que suficiente para proteger os banhistas, uma vez que se trata de uma espécie que pode causar alergias e até queimaduras graves, consoante "a tolerância de cada pessoa".
É por esta razão que Guerreiro Cardoso aconselha os socorristas e banhistas a não tocar nas caravelas e a tomar precauções na sua recolha, utilizando luvas, ancinhos ou sacos de plástico.
O período mais crítico têm sido a maré baixa, altura em que as caravelas ficam presas na areia. Este ano, não há registo de acidentes graves entre banhistas e esta espécie perigosa de alforreca. Mas, no ano passado, dois irmãos de 4 e 10 anos sofreram queimaduras e foram hospitalizados depois de terem sido "picados" na praia de Peniche de Cima.
Apesar de os avistamentos serem muito comuns nos oceanos, são mais raros junto à costa e nas águas portuguesas. Nos últimos dias, as praias britânicas têm também sido vítimas destas "pragas" que andam ao sabor do vento. O fenómeno é raro e imprevisível, garantem as autoridades marítimas. Segundo os biólogos, a aproximação destes organismos deve-se a a um conjunto de factores relacionados com as correntes e ventos favoráveis.