Carla Alves candidata-se a Vinhais como independente para lutar contra a "estagnação"
A antiga diretora regional de Agricultura do Norte, Carla Alves, candidata-se à Câmara Municipal de Vinhais, encabeçando a lista do movimento Pela Nossa Terra (PNT) para lutar contra a "estagnação" em que caiu o concelho.
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O movimento constituído por cidadãos de vários quadrantes sociais, que reuniu mais de 1350 assinaturas de apoio, apresenta listas à Câmara, Assembleia Municipal e a oito das 26 freguesias do concelho.
"Por opção estratégica não concorremos a todas as juntas, mas destaco que os independentes no concelho têm candidaturas a 17 juntas. De 2021 para 2025, os independentes passaram de três para 17 candidaturas, somando mais duas, a Câmara e a Assembleia, os independentes passaram de três para 19", o que é uma diferença brutal, explicou Carla Alves ao JN, definindo o projeto que abraçou como "independente, cívico e democrático".
Com larga experiência de trabalho no concelho de Vinhais, nomeadamente no que respeita à fileira do fumeiro, Carla Alves, funcionária do município, foi nomeada secretária de Estado da Agricultura, no último governo de António Costa, em 2022, mas demitiu-se do cargo 24 horas depois devido a uma polémica que envolveu o marido, o ex-presidente da Câmara de Vinhais, Américo Pereira, eleito pelo Partido Socialista.
Agora a antiga responsável pela Agricultura no Norte decidiu candidatar-se a presidente da Câmara por considerar que "Vinhais estagnou a todos os níveis". Para reverter este estado, juntou-se a um projeto em que 99% dos aderentes não têm ligação direta a partidos políticos. "Dos cerca de 200 candidatos do PNT dois já foram presidentes de junta, mas a maioria não está ligada à política, nem é militante de partidos, como é o meu caso. Nunca fui filiada em nenhum partido", referiu.