O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, disse, esta sexta-feira, estar "totalmente disponível" para ajustar os horários de cargas e descargas na Baixa, que vão ser condicionados devido à realização de várias obras.
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"Nós queremos fazer isto com a comunidade, com as pessoas e com o comércio e restaurantes. Aquilo que vamos fazer não é penalizar as pessoas, é dizer a quem passa pela Baixa, mas não vem à Baixa, não vale a pena ir pela Baixa. Portanto, tentar ir por esta 5.ª Circular", disse Carlos Moedas, em declarações à Lusa.
A ideia de uma "5.ª Circular imaginária", de Alcântara ao Parque das Nações, foi apresentada no início da semana pela Câmara de Lisboa como alternativa para a circulação automóvel na Baixa da cidade, que estará condicionada a partir da próxima quarta-feira devido a várias obras, como a expansão do metro de Lisboa, a realização do Plano de Drenagem, para evitar situações de cheias na capital, a reabilitação da rede de saneamento e a repavimentação de vias.
Entre as medidas de condicionamento de trânsito na Baixa está a proibição de acesso a veículos com mais de 3,5 toneladas entre as 8 e as 20 horas, quer sejam viaturas para abastecimento de estabelecimentos comerciais ou autocarros de transporte turístico, medida que o município deverá manter mesmo depois de as obras acabarem. A exceção a esta regra serão os autocarros dos transportes públicos, como os da Carris.
Queremos começar com este passo, ver como é que funciona
De acordo com Carlos Moedas, a autarquia vai "experimentar um primeiro horário em relação às cargas e descargas", só permitindo a circulação dos camiões de mais 3,5 toneladas na Baixa entre as 20 e as 8 horas.
"Mas, estou totalmente disponível para ver se é necessário aumentar até às 10 da manhã. Queremos começar com este passo, ver como é que funciona", afirmou, ressalvando que os táxis e TVDE podem continuar a circular na Baixa.
Esta quarta-feira, a Associação de Dinamização da Baixa Pombalina (ADBP) e Associação Valorização do Chiado criticaram os condicionamentos à circulação automóvel e alertaram para as consequências que as restrições poderão ter para a atividade económica.