Municípios que já o faziam antes da pandemia voltam a apostar na época carnavalesca. Estarreja, Ovar e Mealhada já têm cartaz.
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De norte a sul do país, a maior parte dos concelhos, em 2021 e em 2022, não celebrou o Carnaval nos moldes habituais devido à pandemia de covid-19. Mas, este ano, tudo volta a ser praticamente como era até 2020. Estarreja apresentou esta terça-feira o programa do Carnaval. Ovar e Mealhada já o tinham divulgado. Figueira da Foz, Torres Vedras, Loures, Sesimbra, Sines e Loulé ainda não tornaram públicos os respetivos cartazes, mas já garantiram que vão voltar a ter corsos.
"Já não era sem tempo", exclamou Diamantino Sabino, presidente da Câmara Municipal de Estarreja. Até porque, segundo o autarca, os estarrejenses precisam dos festejos carnavalescos para "continuarem saudáveis e felizes o ano inteiro".
No total, a Autarquia vai investir 350 mil euros, tal como em 2020. E a programação arranca a 4 de fevereiro e termina a 21. Os grandes corsos, a 19 e a 21 de fevereiro, voltam a ter lugar no Parque do Antuã, no denominado Sítio do Carnaval, assim como o desfile infantil, a 12, e o desfile noturno das escolas de samba, a 17.
Uma das novidades do programa passa pelo regresso das Noites da Folia à Praça Francisco Barbosa, onde será instalada uma tenda gigante para receber vários concertos, como acontecia há alguns anos. Toy atua a 11 de fevereiro, na festa de abertura do Carnaval, e Nel Monteiro a 15, na noite do Entrudo Trapalhão, a seguir à chegada dos reis - os estarrejenses Antónia Santos e Joaquim Pereira - e às Marchas Luminosas. O concerto dos Samba da Ria está agendado para a noite de 17, o de Rouxinol Faduncho para a de 18 e o dos Kumpania Algazarra para dia 20. Todos têm entrada gratuita.
Isabel Pinto, vereadora da Câmara, destacou hoje o "compromisso dos agentes económicos, como bares e cafés do centro urbano, desde o Sítio do Carnaval até à Avenida Visconde Salreu", em promoverem a festa noturna, com vários espaços de diversão à disposição do público. "Acreditamos que vai ter impacto para quem nos visita".
Em Ovar, no concelho do norte do país onde mais se costuma investir no Carnaval, Alexandre Rosas, vereador da Câmara, alertou que "2023 ainda não é o regresso à normalidade", uma vez que "as maquetes [dos grupos e escolas de samba] são do ano anterior, em que não saíram à rua, e não haverá classificações".
Com um orçamento de 650 mil euros, a Autarquia divulgou, no final de dezembro, um programa de Carnaval que começa a 28 de janeiro - com o espetáculo de Marcelo D2 com a Orquestra Bamba Social, no Mercado Municipal - e termina a 21 de fevereiro.
A Chegada do Rei está agendada para dia 5, o Baile de Máscaras para 11, o Carnaval das Crianças para 12 e o desfile noturno das escolas de samba para 18. A 19 e a 21 acontecem os grandes corsos.
Nas noites, no Espaço Folião, o destaque vai para os concertos do brasileiro Diogo Nogueira (dia 11), de Quim Barreiros (16), Tio Jel (17), Plutónio (18) e Chico da Tina (19), entre as atuações de vários DJ. A pulseira geral de entrada custa 20 euros e os bilhetes diários 10. O acesso à Noite Mágica (dia 20), celebrada nas ruas, volta a custar um euro, em pré-venda, cinco euros, no próprio dia.
Mais abaixo, na Mealhada, os festejos iniciam-se a 11 de fevereiro, com o Desfile Trapalhão, e terminam a 21. A 19 e a 21 os corsos saem à rua à tarde e, no dia 20, à noite. Haverá uma tenda com animação noturna, entre os dias 17 e 20.