Obras devem arrancar no verão. Projeto prometido mandatos a fio é considerado âncora para o turismo de Carrazeda de Ansiães.
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Esta quarta-feira, durante uma sessão da Assembleia Municipal de Carrazeda de Ansiães, a presidente da Junta de Pombal, Fernanda Cardoso, foi perentória: “Já conheci sete projetos para a Caldas de São Lourenço e nenhum saiu do papel. Espero que desta vez seja feita alguma coisa”. O presidente da Câmara, João Gonçalves garantiu que agora é que é e espera ter as obras do novo balneário a começar neste verão.
A Caldas de São Lourenço situam-se numa pequena povoação desabitada, na margem esquerda no rio Tua, na freguesia de Pombal de Ansiães. O balneário antigo, que, basicamente é constituído por uma fonte de água quente e um tanque, foi em tempos muito usado. Todas as casas disponíveis eram arrendadas, à semana ou à quinzena, por quem ali acorria para tratar maleitas do corpo. Só que devido à falta de condições, o local foi perdendo importância.
Remédio para várias maleitas
O estudo médico hidrológico realizado e aprovado, há vários anos, destaca os benefícios das águas de São Lourenço para o tratamento de doenças respiratórias, musculosqueléticas e reumatismais, bem como de doenças da pele.
Entretanto, foram surgindo projetos para o local que nunca se concretizaram. O melhor que o município conseguiu foi instalar um balneário provisório, que apesar de ter cumprido a função durante o verão, não deixou de ser isso mesmo.
Nas eleições autárquicas de 2021, na recandidatura ao segundo mandato pelo PSD, João Gonçalves prometeu o que muitos outros candidatos fizeram anos a fio. Reeleito, abandonou o projeto do seu antecessor, por estar sobredimensionado para o local. Mas a certeza de que é fundamental para incrementar o turismo é unânime.
O concurso público para a construção do balneário definitivo deve abrir em maio. “Desde que haja concorrentes e cumpram os requisitos, e que o visto do Tribunal de Contas não demore muito, penso que é possível continuar com a expectativa inicial de em junho ou julho ter a obra a começar”, disse o edil.
É um investimento que tem um preço base de 1,5 milhões de euros, suportados na totalidade pelo município. Só para o edifício. O recheio, nomeadamente o dos equipamentos, terá um orçamento à parte.