Viagens até ao aeroporto e na linha 500 dos autocarros do Porto já podem ser validadas com cartão bancário contactless. Adesão ao projeto-piloto determinará instalação de sistema em toda a rede.
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Quem tiver um cartão de débito, crédito, pré-pago ou dispositivo de pagamento contactless (como um smartphone ou smartwatch) já pode ir de metro até ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro ou viajar nos autocarros da linha 500 da STCP sem um cartão ou título Andante. A nova forma de validação está disponível a partir de hoje, num projeto-piloto que, mediante a sua adesão, poderá determinar a instalação do sistema em toda a rede.
Cada viagem custa dois euros, uma vez que as zonas da rede Andante onde está agora disponível o método de pagamento correspondem a um título Z4. A habitual validação pode ser feita através da aproximação do cartão contactless aos validadores mais recentes (e não os amarelos), sendo automaticamente descontado o valor da viagem na conta do utilizador.
Na linha 500 da STCP, o serviço já está disponível nos autocarros. Cada viagem, que no caso do metro terá de ter sempre por destino o aeroporto, depois de validada, permite ao passageiro utilizar aquele transporte durante uma hora e 15 minutos. Na STCP, a validação tem a mesma duração.
Ou seja, não é preciso ter dinheiro em numerário, comprar títulos numa máquina de venda ou procurar saber qual o tarifário adequado a cada viagem.
fiscalização mantém-se
No que toca à fiscalização, feita sempre a bordo dos transportes, as máquinas utilizadas pelos fiscais para verificar as validações foram alvo de um "upgrade".
Ou seja, reconhecem o cartão multibanco como se de um cartão Andante se tratasse, assumindo que a última transação feita foi aquela associada à validação, com o pagamento feito em simultâneo, antes de entrar numa das composições.
No caso de um passageiro realizar quatro ou mais viagens num dia, o tarifário aplicado é o "mais vantajoso", com um custo máximo de sete euros: "equivalente a um título diário Andante Tour".
Para Tiago Braga, presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, "embora se trate de um projeto-piloto, a disponibilização de uma solução contactless no Porto, é um importante passo em frente em termos de inovação e desmaterialização da bilhética".
O projeto-piloto, gerido pelo TIP (Transportes Intermodais do Porto), avançou em colaboração com a Visa, a Reduniq, a Card4B, a Cybersource e a Littlepay.
sustentabilidade
"É mais um avanço do sistema Andante, depois de termos introduzido a aplicação móvel Anda, em 2018, que nos permite prescindir cada vez mais dos suportes em papel e em plástico, com todas as vantagens que daí decorrem para a sustentabilidade ambiental", acrescenta o presidente da Metro.
De acordo com um estudo de mercado da C Space, em colaboração com a Visa, 44% dos utilizadores dos transportes públicos acreditam que utilizariam mais aquele meio de transporte se os pagamentos contactless estivessem disponíveis".
Por isso, mediante o funcionamento e adesão à alternativa de pagamento "tradicional", a Metro do Porto poderá prosseguir para a instalação generalizada deste sistema em mais zonas da rede Andante.
"Estamos alinhados na prioridade à inovação apontada à disponibilização de soluções mais práticas, mais limpas, mais amigáveis e mais seguras, que acrescentam valor e induzem a captação de clientes", reforça Tiago Braga.