Os 1800 utentes do centro de saúde de Oliveira de Azeméis terão novo médico em 1 de março, revelou a administração daquela unidade, num dia marcado por uma falsa ameaça de bomba.
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Uma médica de família do Centro de Saúde de São Roque entrou de baixa na segunda-feira devido a uma gravidez de risco, o que levou ao cancelamento de "centenas de consultas".
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Na sequência dessas desmarcações, uma pessoa ainda por identificar ligou esta manhã para a unidade e ameaçou acionar um engenho explosivo caso as consultas não fossem reagendadas ainda esta sexta-feira, após o que a GNR evacuou o edifício e efetuou buscas ao local, sem encontrar qualquer engenho perigoso.
"O que aconteceu hoje é uma situação lamentável, mas temos uma médica que meteu atestado por estar com uma gravidez de risco e, como não tem previsão de regresso ao trabalho, as consultas tiveram mesmo de ser canceladas", disse à Lusa o diretor-executivo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Entre Douro e Vouga II Aveiro Norte, Miguel Portela.
"Pedimos logo alguém para a substituir e no dia 01 de março essa pessoa já estará ao serviço. Como em Portugal não temos médicos a mais, estas coisas levam o seu tempo", explicou.
Miguel Portela disse entender a "apreensão" dos utentes que se viram sem consulta - "sei muito bem que as pessoas gostam de ter a sua vida organizada e que questões de saúde as preocupam sempre mais", reconheceu - mas apelou à compreensão por parte da comunidade, sobretudo tendo em conta que na origem do problema está a segurança de uma gravidez.
"Todos apoiamos a maternidade", declarou. "Por isso é que é preciso ter o mínimo de compreensão tanto pela situação da médica e do seu bebé quanto pelo funcionamento do centro de saúde - até porque as consultas canceladas eram apenas de rotina e os casos agudos são sempre vistos por outro profissional da unidade", concluiu.
