A empreitada está concluída e procede-se à instalação dos equipamentos para o mercado funcionar.
Corpo do artigo
A empreitada está concluída e neste momento está-se a instalar os equipamentos, a sinalética e começarão os ensaios e vistorias com vista à certificação do espaço. A transferência dos comerciantes do Bolhão que se encontram no Centro Comercial La Vie, os das bancas e os das lojas exteriores, será feita em conjunto e a abertura está prevista para o final do primeiro semestre, por alturas das festas da cidade que este ano, se se mantiver o atual retrocesso de casos covid-19, regressam em força ao Porto.
A última grua usada neste restauro minucioso iniciado em junho de 2017 será retirada esta semana e tem sido utilizada para a instalação dos equipamentos no interior. No túnel de acesso que já estava concluído foi aplicada a última camada de desgaste no pavimento.
Foi iniciada entretanto a fase de aplicação dos toldos nas lojas exteriores e as cortinas dos sombreamentos no interior, recriando-se a imagem que existia antes das obras. "A empreitada geral está praticamente concluída. Os trabalhos estão todos prontos e, neste momento, estamos a dotar as bancas e os espaços de venda de peixe e de carne, assim como os restantes espaços do interior com equipamento necessário para o funcionamento do mercado", explicou ao JN Cátia Meirinhos, arquiteta e administradora executiva da GO Porto, empresa municipal que assumiu a gestão da obra.
novos equipamentos
A autarquia vai fornecer a todos os comerciantes novos equipamentos tal como aconteceu quando foram transferidos para o La Vie. No renovado Bolhão haverá bancas simples, bancas refrigeradas, arcas frigoríficas e arcas congeladoras. Alguns pretendem levar materiais que usam no centro comercial. O resto reverte para o município e poderão ser utilizados noutras feiras e mercados.
A mudança será rápida e feita no espaço de uma semana. "Vai acontecer no momento da abertura. Na transição do shopping para o mercado temporário fechamos o espaço num único dia. Tal como aconteceu nessa altura, queremos fazer a transferência num espaço de quatro dias porque pretendemos ter um impacto mínimo na atividade dos comerciantes que irão mover-se em bloco", acrescenta a responsável.
Todos os comerciantes do interior e exterior encontram-se em fases distintas porque ainda decorre o concurso de atribuição de alguns espaços. Os lojistas históricos estão com projetos licenciados para começar obra, outros estão com os projetos em curso de licenciamento e alguns espaços estão em concurso para serem atribuídos. No momento da abertura haverá ainda obras em curso nos novos espaços a atribuir. Entre os comerciantes reina a ansiedade mas todos esperam, à partida, festejar o São João na renovada casa.
Valores
Rendas serão as que pagavam antes das obras
Os comerciantes históricos das bancas vão pagar o mesmo valor que pagavam antes da mudança para o La Vie - 5,91 euros por metros quadrado - e a autarquia procurou manter as áreas idênticas às que tinham antigamente. Os comerciantes dos restaurantes como eram detentores de licença de banca pagavam o mesmo mas agora, com a transferência para a área da restauração, num espaço maior, passarão a pagar a renda de 8,88 euros/metro quadrado, valor determinado para todos os inquilinos históricos das lojas exteriores. Esta atualização resultou de um cálculo do valor patrimonial até porque nas lojas exteriores havia rendas inferiores a um euro. Na zona da alimentação, no piso superior do mercado, existirão dez restaurantes. Os novos espaços resultantes do concurso pagarão renda mais elevada: 12 euros/metro quadrado.