Efeito suspensivo levantado pelo tribunal. Empresa mantém final de 2025 no horizonte para concluir obra.
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Está de volta aos carris o concurso para a nova ponte do metro do Porto. A empresa mantém no horizonte o final de 2025 para terminar a obra e "estima poder formalizar a contratação da solução que vier a sair vencedora num breve espaço de tempo, mantendo em absoluto a legalidade, o rigor e a transparência de todo o processo".
O Tribunal Administrativo e Fiscal do Norte levantou o efeito suspensivo do procedimento, provocado pela impugnação interposta pelo engenheiro Adão da Fonseca, que considerou que o seu trabalho, que não ficou entre os selecionados para a próxima fase, foi mal avaliado. Segue-se, agora, a segunda etapa de avaliação dos três projetos finalistas.
Depois de uma paragem de meio ano, o objetivo da Metro do Porto é "recuperar o tempo perdido" e "trabalhar para manter no horizonte" o final de 2025 como data para conclusão da obra. Até porque a verba que comparticipará a obra, prevista no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), assim o obriga.
A maturidade do processo é "elevada", tinha já garantido o presidente da Metro, Tiago Braga. "Não teríamos sido selecionados com dois projetos no âmbito do PRR se assim não fosse", disse.
segunda análise
Desde o dia em que foram anunciados os três classificados que a Metro estava longe de imaginar que a nova travessia entre o Porto e Gaia se embrulhasse em tantas polémicas, com a Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP), paisagistas e geógrafos, entre outras figuras da sociedade civil, a contestarem o traçado da travessia, sobretudo a inserção e o impacto causado no lado portuense.
Agora, o Laboratório Edgar Cardoso - Engenharia, que ficou com o primeiro lugar, a Coba - Consultores de Engenharia e Ambiente, que conquistou a segunda posição e a Betar Consultores, que ficou em terceiro, serão avaliados pelo prazo de execução e o preço do projeto. As propostas serão alvo de análise pelo júri uma segunda vez e a nova classificação dos candidatos será apresentada ao Conselho de Administração da empresa, que depois poderá avançar com a adjudicação da obra.
A nova ponte viabilizará a segunda linha de Gaia, vital para desanuviar a atual linha Amarela, a mais procurada da rede. O novo traçado de metro tem prevista uma verba no PRR, a fundo do perdido, de 299 milhões de euros, dos quais 50 milhões se destinam à construção da nova travessia.
O desenvolvimento do projeto da segunda linha de Gaia, do consórcio luso-espanhol Ayesa e Quadrante, está "acelerado".