A Infraestruturas de Portugal (IP) esclareceu esta quinta-feira à Lusa que o abatimento da Linha do Norte observado na quarta-feira em Gaia se deveu a uma passagem hidráulica não intervencionada pelas obras a decorrer no local.
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"O referido abatimento ficou a dever-se a uma rotura numa Passagem Hidráulica (PH) existente no local, que não foi objeto de intervenção no âmbito da empreitada de modernização atualmente em execução", pode ler-se num esclarecimento da IP enviado à Lusa.
Fonte oficial da IP adiantou que "a referida PH vai ser devidamente reparada, estando já em curso trabalhos preparatórios para esse efeito".
"A solução a implementar consistirá na introdução de tubagem envolvida em betão ao longo de todo o comprimento da PH, garantindo assim a sua estabilidade", refere a mesma fonte.
Um abatimento da via na Linha do Norte em Francelos, Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, condicionou a circulação ferroviária na zona de Francelos na quarta-feira, depois de na semana passada já ter sucedido um episódio semelhante numa zona próxima.
A IP adiantou ainda que a limitação de velocidade de 10 quilómetros por hora (km/h) imposta quando a circulação foi reposta nos dois sentidos, pelas 13:25, foi levantada às 19:00 de quarta-feira, tendo sido "repostas as condições de circulação no local".
A Lusa aguarda ainda esclarecimentos da IP relativamente ao abatimento na via da semana passada, de maior magnitude, que causou 52 supressões de comboios e 130 atrasos, que totalizaram 7.320 minutos, segundo a CP - Comboios de Portugal.
O troço entre Espinho e Vila Nova de Gaia está atualmente em obras no valor de 55,3 milhões de euros, ao abrigo do programa Ferrovia 2020, que deverão concluir-se no início deste ano, disse fonte oficial da IP à Lusa no dia 04 de novembro.