Uma centena de trabalhadores e utentes do hospital de Ovar manifestaram-se, na manhã de terça-feira, em frente àquela unidade hospitalar contestando a possível privatização dos serviços. Responsáveis pela Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), em visita ao espaço, garantiram a continuidade do Hospital no Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas com a gestão privada, a cargo da Misericórdia.
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"Dizem-nos que a continuidade do Hospital no SNS está garantida. Mas terá uma gestão privada a cargo da Misericórdia", informou o representante da comissão de utentes e trabalhadores, Carlos Torres, depois de uma reunião que manteve com os representantes da ASRC, Hospital, Misericórdia de Ovar e União de Misericórdias.
Ainda de acordo com informações prestadas ao mesmo responsável, "os postos de trabalho dos funcionários estão garantidos. Não há ideia de despedimentos", disse.
Mas foi igualmente informado de possíveis alterações de valências assim como a necessidade de adaptar o pessoal existente às alterações que possam vir a ser introduzidas.
Enquanto decorria a visita ao espaço, no exterior do edifício os trabalhadores e população mostravam o seu descontentamento sobre a privatização do hospital, incluindo a gestão.
Câmara não compreende
Também o presidente da Câmara Municipal de Ovar, Manuel Oliveira, diz "não compreender" as possíveis alterações. "Não há nenhuma razão para mudar gestão e tutela do hospital", afirmou, ao JN, o autarca.
"A gestão do hospital não dá prejuízo e presta um conjunto de serviços que são absolutamente necessários à população", referiu o presidente da Câmara.