Os municípios de Monção, Melgaço, As Neves e Arbo na Galiza, reafirmaram, esta quinta-feira, uma posição pública contrária à construção de uma linha de muito alta tensão, atravessando a fronteira do rio Minho. E assumiram a sua participação numa manifestação marcada para o próximo domingo (29 de maio, pelas 17 horas) em Arbo, para contestação ao projeto.
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Um comunicado, divulgado esta quinta-feira pela Câmara de Monção, informa que "de acordo com a declaração de impacto ambiental da Direção General de Calidade y Evaluacion Ambiental, publicada no passado dia 26 de abril, no Boletim Oficial do Estado, o Governo de Espanha mantém o traçado inicial da linha elétrica de muito alta tensão de 400 quilovolts (Kv), desde Fontefria, em território galego, até à fronteira portuguesa".
Na terça-feira, os autarcas de Monção, António Barbosa, e de Melgaço, Manoel Baptista, e os alcaldes de Arbo, Horácio Gil, e As Neves, Xose Manuel Rodriguez, "reuniram-se, em Arbo, para analisar a posição do governo espanhol e estabelecer uma "frente comum" contrária ao projeto elétrico".
Lamentam que "o governo espanhol não tivesse atendido às legitimas preocupações das populações e do poder local", e fazem saber que "em uníssono, com determinação e firmeza, consideram que a instalação de uma linha de muito alta tensão terá um impacto negativo brutal em ambos os territórios".
Pelo que aqueles quatro municípios manifestaram a sua participação, num protesto convocado pela Asociacion de Afectados Pola Liña de Alta Tension Fontefria-Fronteria Portuguesa, para domingo, em Valiñas-Poste (Barcela-Sela), em Arbo, contra a instalação daquele empreendimento elétrico.
De acordo com o mesmo comunicado, o projeto de instalação da linha elétrica de muito alta tensão de 400 quilovolts (Kv), desde Fontefria, em território galego, até à fronteira portuguesa, com o prolongamento à Rede Elétrica Nacional, atravessa sete concelhos do Alto Minho: Monção, Melgaço, Ponte de Lima, Ponte da Barca, Arcos de Valdevez e Paredes de Coura.