Ter um clube das escolas no Corredor do Rio Leça, à semelhança do que sucede com o projeto das Serras do Porto, é um dos objetivos de José Manuel Ribeiro, autarca de Valongo que assumiu este ano a presidência da associação.
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“Queremos ter os professores e os alunos como aliados, com iniciativas para o ano inteiro e que também cativem as famílias”, diz o presidente, confesso “apaixonado pelo ambiente”, acerca da “infraestrutura azul” que junta ainda os municípios de Matosinhos, Maia e Santo Tirso.
No caso das Serras do Porto (Gondomar, Valongo e Paredes), o projeto tem a adesão de mais de 120 escolas, o que ilustra a dimensão do que é ambicionado para o rio Leça.
Com mais de 40 km de extensão, o corredor beneficia das verbas do programa REACT, na ordem dos quatro milhões de euros, que têm sido investidos e serão aplicados, em 2024, na “monitorização da qualidade da água”, entre outros trabalhos. “Teremos uma maior capacidade de gestão e poderemos fazer uma melhor avaliação, como no caso das cheias”, explica.
A presidência é rotativa. A passagem de testemunho da Maia, que liderou durante 2023, para Valongo aconteceu ontem. “Para mim é uma enorme honra. Ainda por cima no ano em que também sou presidente das Serras do Porto. O Corredor do Rio Leça une as pessoas à natureza”, enfatiza José Manuel Ribeiro, elogiando a dedicação dos outros autarcas.
No âmbito do REACT várias melhorias têm sido introduzidas. A colocação de sensores foi uma delas. “Dá mais capacidade de resistência à erosão e permite que os habitats naturais possam sobreviver”, detalha, enumerando as vantagens da utilização de técnicas de engenharia ambiental.
O passadiço é outro foco da associação. “Em Matosinhos está muito avançado e na Maia também há investimento. Valongo tem uma zona pedonal, assim como Santo Tirso. O objetivo é dar continuidade”, adianta, salientando a importância da aposta na “mobilidade sustentável, com influência na saúde dos utilizadores”.
Limpeza e recolha de resíduos
A atenção dada ao Corredor do Rio Leça implica um cuidado constante, que vai desde diferentes ações de limpeza até à recolha de resíduos, passando pela retirada de vegetação exótica.
A associação que reúne quatro municípios promete estar de olho na captação de novos financiamentos, designadamente através da candidatura a fundos do Portugal 20/30.
José Manuel Ribeiro não se cansa de enumerar as vantagens do corredor. “É um convite para as pessoas saírem de casa. Pode combater a solidão”, observa.
Depois da vez de Matosinhos, a que se seguiu a Maia e agora Valongo, em 2025 será a vez de Santo Tirso presidir.