O centro de dia e creche da freguesia de Facha, Ponte de Lima, foram esta manhã evacuados por precaução devido a um fogo que lavra desde ontem à noite, em Rebordões (Santa Maria).
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Segundo o Comandante dos Bombeiros Voluntários de Ponte de Lima, Carlos Lima, idosos e crianças foram retirados do local, onde foi instalado do posto de comando, base para os meios que se encontram no teatro de operações. Populações de algumas freguesias foram alertadas e encontram-se de sobreaviso por causa do fogo que "está a alastrar".
"Houve um aviso a algumas aldeias para estarem atentas e evacuámos um centro de dia e creche, por precaução. O fogo não chegou lá, mas, como tinha idosos e crianças, achámos por bem não os ter aqui. Levámos as pessoas e ficamos nós", disse ao JN o comandante Carlos Lima, referindo que o aviso foi dirigido às freguesias de Correlhã, Seara e Facha.
Segundo site da Proteção Civil, estão envolvidos no combate as chamas mais de 400 operacionais apoiados por 133 viaturas e um meio aéreo. O incêndio deflagrou pouco antes da meia-noite de ontem e lavra com grande intensidade.
"Fogo alimentado pelo vento"
"Recebemos o alerta para um pequeno foco de incêndio e, mal começámos a mobilizar equipas, começaram a relatar que já tinha atingido grandes proporções e que não estavam a conseguir dominar o incêndio", descreveu Carlos Lima, que pediu apoio externo "porque a corporação já não tinha mais meios terrestres nem homens para deslocar".
"Era um fogo alimentado pelo vento, que atingia grandes velocidades e nós não fomos capazes de acompanhar essa velocidade", disse. O fogo, que atingiu zonas habitacionais, começou em Rebordões (Santa Maria), seguiu para a freguesia da Correlhã, passou para a Seara e agora está na Facha. "Neste momento, Correlhã e Seara continuam com fogo perto de habitações", contou ao JN, indicando que nenhuma casa foi atingida. "Posicionámos os meios de forma a que isso não acontecesse e, felizmente, conseguimos", acrescentou.
Quanto ao centro social da Facha, o responsável indicou que as chamas que rondam o edifício - agora transformado em posto de comando - "estão a ser controladas e a descer lentamente". "Como é uma área com muita extensão e o combate não ia ser eficaz, estamos a deixar que cheguem a zona segura para a situação ficar resolvida e não haver reacendimentos futuros que ponham em causa este centro", explicou.
O comandante Carlos Lima referiu também que as crianças foram conduzidos para "uma antiga escola primária, com condições para as receber e os pais foram depois chamados para as recolher". "A maioria dos idosos está no seu domicílio e o centro social garante o apoio com as refeições", acrescentou.