<p>Um grupo de crianças carenciadas de Cabeceiras de Basto beneficiou, esta quarta-feira, em Matosinhos, de um rastreio em oftalmologia e de óculos gratuitos. Tratou-se da primeira iniciativa da Missão Infinita, uma nova ONG.</p>
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Vieram manhã cedo de Cabeceiras de Basto até à Senhora da Hora, em Matosinhos, para, assim, poderem beneficiar de uma consulta de rastreio oftalmológico gratuita no Instituto CUF, uma instituição privada de saúde. Ao todo, eram 26 crianças, com idades compreendidas entre os 6 e os 16 anos, oriundas de meios sociais carenciados.
Esta foi a primeira iniciativa da nova organização não governamental (ONG) Missão Infinita, fundada em Dezembro último por Luís Castro, jornalista e editor executivo do Telejornal da RTP.
"A profissão de jornalista leva-nos a denunciar casos de miséria e desigualdade social. Por que não havemos de ser mais interventivos? É que há mais vida para além da nossa profissão". Foi partindo deste pensamento que Luís Castro decidiu dar mais da sua vida às causas sociais, acompanhado por Luís Rebelo (também jornalistas) e Paulo Nora (gestor numa empresa de consultoria). O resultado foi a criação da Missão Infinita, que ontem deu o seu primeiro passo.
"Começámos pelo apoio a cerca de 30 crianças de Cabeceiras de Basto devido às relações de proximidade que mantenho com pessoas de lá, que merecem credibilidade", explicou.
Aquela edilidade escolheu o grupo de 30 crianças mais carenciadas e transportou-as até ao Instituto CUF do Porto. Ali, o serviço de oftalmologia, liderado por Castro Neves, realizou uma consulta de rastreio aos menores.
"Decidimos colaborar com esta iniciativa da Missão Infinita no âmbito das nossas responsabilidades sociais e porque se trata de uma organização que nos merece credibilidade", afirmou Castro Neves. Aquele clínico realçou a importância do rastreio em oftalmologia a crianças a partir dos quatro anos de idade. "Detectámos neste rastreio sete casos, um deles de alguma gravidade",realçou.
Findas as consultas, o grupo de crianças teve um almoço oferecido pela Câmara Municipal de Matosinhos. Depois, foram conduzidas a duas lojas de ópticas, que colaboraram com a ONG oferecendo os óculos que as crianças necessitavam.
Luís Castro continua a desenvolver contactos com empresas e instituições no sentido de capitalizar fundos para próximas acções de solidariedade social, a realizar em Portugal e nos países de língua oficial portuguesa (PALOP).