Crianças de três estabelecimentos de ensino de Oliveira de Azeméis estão em casa ou hospitalizadas devido a uma intoxicação alimentar provocada por agente desconhecido.
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Vómitos, diarreia e mal-estar geral são os principais indicativos de um problema de saúde que se vem manifestando desde segunda-feira em, pelo menos, 30 crianças que, segundo informação do Hospital de S. Sebastião, em Santa Maria da Feira, receberam tratamento nas últimas 18 horas.
Rui Carrapato, director do serviço de Pediatria/Neonatologia do hospital, adiantou à Agência Lusa que os sintomas comuns a todas essas crianças se devem "a uma intoxicação alimentar por agente, por enquanto, não identificado".
Luís Ferreira, director-adjunto do Agrupamento Vertical Bento Carqueja, afirmou que "ainda não há dados conclusivos que permitam saber o que é que provocou esse mal-estar".
Garante, no entanto, "que não é gripe A, porque os testes feitos às primeiras crianças que se sentiram mal concluíram logo que não se tratava disso".
Origem desconhecida
"Pode tratar-se de um problema relacionado com a comida, mas algumas das crianças que estão doentes não comeram na escola no dia em que começaram a sentir-se mal, o que contradiz logo a teoria", disse Luís Ferreira.
Sustentou também que "há a questão do leite", embora nesse caso, e segundo o director-adjunto do agrupamento, "ele teria que afectar todas as crianças e não foi isso que aconteceu".
Luís Ferreira informou que "o delegado de Saúde [de Oliveira de Azeméis] está a apurar as causas do problema", que se verificou na escola do 1.º Ciclo (EB1) e Jardim-de-Infância da Feira dos 11, no jardim-de-infância da Abelheira e na EB1 de Ossela.
Câmara accionou plano de contingência
O vice-presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, Albino Martins, diz que continuam internadas cerca de 15 a 20 crianças, mas são "situações que não são graves, nomeadamente casos de desidratação que requerem um pouco mais de apoio".
Albino Martins, que também tem a seu cargo o pelouro da Educação, adiantou que a Câmara colocou em prática um plano de contingência rápido assente em três directrizes: "colaborar na assistência dada pelos hospitais, procurar junto da empresa que serve as refeições que tenham um cuidado redobrado para corrigir o que houver a corrigir e averiguar as causas".