Agrupamento de Viana do Castelo assegura que os menores, deixados pela mãe refugiada, que se ausentou para o estrangeiro, estão "estáveis".
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Os três filhos da cidadã ucraniana, refugiada de guerra, que saiu do país sem eles, voltaram esta sexta-feira à escola em Viana do Castelo. Segundo informação da direção do agrupamento de escolas da Abelheira, as crianças de seis, nove e 11 anos, institucionalizados de urgência na passada terça-feira, "encontram-se psicologicamente estáveis".
O caso está entregue ao Ministério Público, que ouviu hoje pessoas que acompanharam de perto a mãe e os seus três filhos, desde março, após a sua chegada a Viana do Castelo.
A mulher, de 36 anos, saiu de Portugal após ter informado a escola que três pessoas não familiares os iriam buscar e tomar conta dos filhos.
A direção da escola terá alertado algumas vezes a PSP, que se deslocou àquele estabelecimento para identificar os referidos cidadãos, uma portuguesa, uma ucraniana e um russo. A ida deste último, que está em Portugal com visto de turista, na terça-feira precipitou, segundo a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Viana, a aplicação de "um procedimento de urgência nos termos do artigo 91º da Lei de Promoção e Proteção", que determina intervenção "quando exista perigo atual ou iminente para a vida ou de grave comprometimento da integridade física ou psíquica da criança ou jovem" e, também, "enquanto não for possível a intervenção do tribunal".
Os três irmãos deram entrada no "Berço", centro de acolhimento de menores em risco.
A CPCJ informou ainda que "a progenitora se encontra temporariamente ausente do país e tem data de regresso prevista para breve".