<p>Não há nada melhor do que imaginar, excepto sentir com o tempo certo para admirar. Nada se compara à primeira viagem, ser virgem e à segunda continuar a sentir como se fosse a primeira. E, em vez de os G's serem confusos, para cima, para baixo e para todos os lados enjoarem, não há como ver tudo ao o contrário como se direito fosse e ver nada direito, mesmo quando tudo o é. Voar é assim. E assim é a vontade de vacilar sem enjoar.</p>
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É que, é só à segunda que conseguimos ver que a paisagem é bonita. Vemos o Planeta, verdadeiro, como ele devia ser: redondo e azul em cima, verde em baixo e vice-versa. É à segunda que vemos o Mundo como ele é nos sonhos em que conseguimos voar. E voar é bom, mesmo bom, quando estamos acordados, às voltas dentro de piruetas eternas, etéreas e pouco estéreis dentro de um avião quente, muito quente, sem intenção de alguma vez parar.
É à segunda que sobra tempo para sentar devagar dentro da carlinga, admirar o velocímetro marcar mais de 180 nós e desfrutar devagar do que existe quando estamos sob influência de mais de 6 G's e de uma só vez passar a ter 420 kg com um branco nos olhos que aparece e nos sussurra baixinho: "vais desligar".
E, foi por ser a segunda vez que, Sérgio Plá, um experiente piloto da Red Bull me deu mais um passo íngreme de adrenalina. E ela subiu mais. Não tanto como em cima de uma mota, em curva a fundo, mas subiu. E também porque é à segunda que ela sobe mais e não é logo à primeira, que se aprende... a gostar de voar.