Um cavalo com Febre do Nilo Ocidental (FNO) foi detetado em Viana do Alentejo, revelou esta sexta-feira a Direção-Geral de Veterinária, que adotou medidas e monitoriza a situação, tal como a Autoridade de Saúde Pública.
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Questionada pela Lusa, a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), através de e-mail enviado pelo Ministério da Agricultura, explicou que o caso de FNO "foi confirmado" num equino naquele concelho do distrito de Évora.
"O caso foi diagnosticado através de análises laboratoriais efetuadas no Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, após suspeita clínica de possível infeção", indicou a DGAV.
Também a Federação Equestre Portuguesa (FEP), na sua página na Internet, já tinhado revelado ter sido informada pela DGAV da confirmação deste caso de FNO e alertou "todos os médicos veterinários", assim como "proprietários de cavalos e cavaleiros", para a situação.
Nos esclarecimentos prestados hoje à Lusa, a DGAV realçou ter acionado o Plano de Vigilância da Febre do Vírus do Nilo Ocidental e estabelecido "um círculo de vigilância com um raio de 20 quilómetros em redor do caso detetado".
"Dentro deste perímetro, foram identificados os cavalos existentes, que estão a ser examinados clinicamente no sentido de detetar sinais compatíveis com a FNO", mas, não obstante estes trabalhos em curso, "até ao momento não foram identificadas novas suspeitas", frisou.
Transmissão através de picadas de mosquitos
A FNO, explicou o organismo, "não se transmite por contacto direto entre cavalos, mas sim através de picadas de mosquitos infetados", sendo as aves selvagens "os hospedeiros primários do vírus".
Os equinos e os seres humanos "são considerados hospedeiros finais do vírus e podem ser infetados acidentalmente, através de picadas de mosquitos" infetados, mas não transmitem "a doença entre si", destacou a DGAV, indicando ter alertado a Autoridade de Saúde Pública.
Contactado pela Lusa, o médico Agostinho Simão, um dos delegados de Saúde do Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Central (ACES AC), afirmou estar a acompanhar a situação, "em articulação com os serviços veterinários", mas realçou tratar-se de uma doença "de evolução benigna".
"Tanto nos cavalos, como nas pessoas, é uma doença com uma evolução benigna e com um risco de complicação com uma incidência muito baixa", pelo que "não há motivo para alarme, está tudo controlado", tranquilizou o delegado de Saúde.