<p>O despiste de uma carrinha de nove lugares provocou dez feridos, esta segunda-feira de manhã, na A17, próximo de Cantanhede. O veícu-lo levaria mais pessoas do que o permitido. A condutora corre o ris-co de amputação de um braço.</p>
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As autoridades estranham o número de feridos envolvidos no despiste. Fonte do Gabinete de Comunicação do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) adiantou mesmo ao JN estar na dúvida sobre se teria sido um despiste ou uma colisão. "Na chamada inicial fomos alertados para nove feridos, mas no local constatámos que havia 10", afirma. O despiste foi confirmado pelos Bombeiros Voluntários de Cantanhede, que sublinharam haver mais uma vítima do que o número de lugares da carrinha.
Fonte da GNR escusou-se a comentar se os elementos da viatura estariam a cometer uma infracção. "A verdade dos factos é que circulavam 10 pessoas na carrinha", limitou-se a dizer, excluindo a hipótese de aplicação de multa. No entanto, e ao que o JN conseguiu apurar, a GNR tomou conta da ocorrência e vai levantar o auto por excesso de lotação. Não foi possível apurar se a condutora teria as habilitações necessárias, uma vez que a partir de 10 passageiros já é necessária carta de condução de veículos pesados.
O despiste ocorreu às 7.53 horas ao quilómetro 69 da auto-estrada que liga Aveiro a Leiria, no sentido norte-sul. A carrinha, uma Fiat Ducato que transportava um grupo de trabalhadores de uma empresa de construção civil, embateu violentamente num rail de protecção. Três horas depois do despiste ainda eram visíveis as marcas da violência. Segundo fonte dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede, foi relatado no local que o acidente se deu devido ao rebentamento de um pneu, que terá levado à perda de controlo por parte do condutor.
A condutora do veículo sofreu uma fractura exposta de um braço. Segundo o INEM, a vítima ainda corria o risco de sofrer uma amputação. Havia ainda um ferido grave, com um traumatismo torácico, enquanto os restantes sofreram ferimentos ligeiros. A condutora teve de ser desencarcerada, tendo ficado presa pelos pés.
Todos os feridos foram transportados para o Hospital Distrital da Figueira da Foz. Segundo o INEM, as vítimas teriam todas perto de 40 anos.
No local estiveram presentes corporações dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede, Figueira da Foz e Mira (os dois primeiros com viaturas de desencarceramento), uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação da Figueira da Foz e uma ambulância de Suporte Imediato de Vida de Cantanhede.