Direção de Cultura e Câmara estudam "várias possibilidades" para esplanadas de Parada Leitão
A Direção Regional de Cultura do Norte e a Câmara Municipal do Porto estão a estudar "várias possibilidades" para as esplanadas da Praça Parada Leitão, disse, esta segunda-feira, uma fonte do Igespar à agência Lusa .
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"A Direcção Regional de Cultura - Norte (DRC-N) tem reunido várias vezes com o vereador do Urbanismo da autarquia, Gonçalo Gonçalves, para estudar várias possibilidades [para o futuro das esplanadas]. Dentro em breve deverá haver uma solução", adiantou à Lusa fonte da DRC-N.
Num ofício enviado a 28 de Junho, a DRC-N, tutelada pelo ministério da Cultura, notificou a autarquia para demolir as esplanadas construídas na área de protecção das igrejas das Carmelitas e do Carmo.
No documento, o organismo pedia ao município "a remoção das esplanadas e a concretização do projecto acordado" em Maio com a Associação de Bares da Zona Histórica.
As estruturas, construídas no início de 2010, servem os cafés Piolho, O Mais Velho e Universidade, a Geladaria Cremosi e o Restaurante Irene Jardim, tendo recebido pareceres "não favoráveis" do Igespar e da DRC-N em Julho e Outubro desse ano.
O investimento de 250 mil euros feito pelos proprietários e o facto de a autarquia ter licenciado as estruturas levou a DRC-N a disponibilizar-se para encontrar uma solução com a Associação de Bares da Zona Histórica, que entretanto assumiu a liderança do processo.
A DRC-N aceitou dar até 31 de Março de 2011 para a apresentação de um novo projecto, mas depois de vários adiamentos, a reunião definitiva só aconteceu a 17 de Maio.
Nesse dia, a DRC-N deu um parecer "informal" favorável à solução apresentada pelo arquiteto Rui Barros da Silva, autor das estruturas, para resolver o problema. A instalação de "elementos mais usuais em esplanadas, como toldos de sombreamento e um pavimento de madeira nivelado" foi a proposta aprovada para substituir as estruturas chumbadas por não serem amovíveis.
O novo projecto teria de ser alvo de novo licenciamento da autarquia, no âmbito do qual seria solicitado um parecer formal à DRC-N. Mas o processo não chegou a avançar, porque a nova proposta não agradou aos proprietários das esplanadas.