Professores, pessoal não docente e pais estão a fazer uma vigília pela educação na Praça Da. Maria II, em Famalicão.
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Com velas na mão os docentes continuam a lembrar reivindicações antigas e o fato do Governo ter decretado os serviços mínimos. "Serviços mínimos que acabam por ser quase serviços máximos", adiantou Miguel Cunha, um dos docentes que tem estado na frente da luta. "Os serviços mínimos são absurdos", adiantou explicando que tal é uma tentativa de "boicotar" a luta dos professores.
"É engraçado como é que as escolas já abriram com menos de metade dos serviços mínimos agora decretados", referiu. As escolas, acrescentou, "têm funcionado com 90% do pessoal que está a trabalhar normalmente. Portanto, " os serviços mínimos são praticamente máximos".
Miguel Cunha nota que continuam a sentir o apoio dos pais mas estão conscientes que tal causa inconvenientes. "Até agora o Ministério da Educação só nos deu migalhas", afirmou.
Fátima Carvalho, presidente da Associação de Pais da D. Sancho I e mãe de uma menina que frequenta o 9 ano diz compreender a luta dos professores e auxiliares. "Os professores estão cansados e sem força por isso esta luta faz todo o sentido", declarou.
Para esta mãe o Governo tem se resolver este "problema" o mais rápido possível, até porque há alunos que começam a ficar preocupados já que vão fazer exames nacionais.
Fátima considera que a "toda a comunidade deve unir se em torno desta luta" já que a educação é a base de todos.
Na lista de reivindicações do pessoal não docente que também se aliou ao protesto está o fim das quotas e o ordenado.
Trabalho há 30 anos e ganho o salário mínimo, o mesmo do que alguém que começou agora", nota Lá Salete Carvalho, assistente operacional da escola Júlio Brandão.
La Salete sempre fez greve mas está agora impedida por causa dos serviços mínimos.
Sempre fez greve mas lamenta não poder fazer por estar na escala dos serviços mínimos. " É uma fantochada", desabafa.
Entretanto, Miguel Cunha nota que o STOP vai reunir este sábado para decidir novas formas de luta.