Começam a circular na rede de metro em janeiro duas composições com os bancos nas laterais e menos lugares sentados.
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Trata-se de uma nova fase do projeto-piloto que avançou em janeiro de 2018. Na altura, o veículo que esteve ao serviço recebeu muitas críticas dos passageiros, sobretudo devido à falta de pontos de apoio. Era muito difícil fazer a viagem de pé sem ter onde se segurar.
Findo o período experimental e ouvidas as sugestões dos clientes, a Metro avançou com as melhorias. A disposição dos novos veículos Eurotram foi desenvolvida em conjunto pela Escola Superior de Arte e Design (ESAD).
melhor distribuição
Espera-se que as novas composições ofereçam uma melhor distribuição de passageiros com o aumento do número de pontos de fixação e facilitem o acesso a pessoas com mobilidade reduzida. Isto porque, com a redução de lugares sentados, o espaço que fica disponível para entrada e saída de passageiros é maior.
Os dois veículos serão testado em todas as linhas da rede do metro do Porto, exceto na Vermelha (da Póvoa de Varzim) e Verde (entre Campanhã e o Ismai).
Mais uma vez, as composições circularão de forma experimental durante alguns meses, avaliando-se depois a reação dos passageiros. Sendo positiva, o modelo poderá ser replicado noutros veículos.
menos lugares sentados
O aumento da procura já tinha levado a empresa a anunciar, no início de junho, a retirada dos lugares sentados junto às portas de mais de 20 composições.
A medida tinha o objetivo de aumentar a capacidade de resposta dos veículos e facilitar os movimentos de entrada e saída.
Nessa altura, a Metro do Porto ficou com 40 veículos a circular sem bancos junto às portas. A solução, que começou a ser implementada em 2009 e foi retomada em 2017, representou uma diminuição de cerca de 20 lugares sentados.
O aumento do número de passageiros na rede de metro do Porto tem sido contínuo, sendo que a empresa prevê chegar ao final deste ano com "um máximo histórico na ordem dos 70 milhões".
Pormenores
Bancos removidos - O Metropolitano de Lisboa também anunciou a retirada de bancos dos veículos.
Espaços multiusos - "Está previsto criar um espaço multiusos em 30 carruagens", ou seja, retirar bancos para "transportes de crianças em cadeirinhas de bebé e/ou transporte de volumes", explicou fonte da empresa ao JN, em junho passado.