O incêndio que lavra em Vila Pouca de Aguiar desde segunda-feira foi dado como dominado, esta quinta-feira. No terreno permanecem 231 operacionais, 81 viaturas e três meios aéreos.
Corpo do artigo
O incêndio florestal, que começou em Soutelinho do Mezio, freguesia de Telões, na segunda-feira, chegou a estar dado como extinto, mas reacendeu na tarde de terça-feira e está agora em "fase de resolução".
O calor intenso, o vento forte, os acessos e as várias ignições em simultâneo, obrigando a uma grande dispersão dos meios, foram apontados como as principais dificuldades desde fogo que afeta Vila Pouca de Aguiar desde segunda-feira.
O presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Alberto Machado, disse já na quarta-feira que as chamas que assolaram o concelho nos últimos dias queimaram cerca de quinze mil hectares, ainda alguns armazéns agrícolas, vacarias e casas devolutas.
O levantamento dos prejuízos está a ser feito pelos serviços do município.
O autarca social-democrata aproveitou ainda para chamar a atenção para a prevenção e a gestão da floresta.
"É preciso alterar a atual lei de gestão dos baldios porque o Estado não faz nada. Por conseguinte, as competências têm de ser delegadas na autarquia para que esta possa, por exemplo, efetuar repovoamentos florestais ou ter autonomia na criação de pontos de água", salientou o autarca.
O mais recente exemplo da "inércia estatal" na gestão florestal é, segundo Alberto Machado, que "a autarquia está há mais de três meses à espera de autorizações para melhores acessos aos pontos de água".