"Dor que não tem nacionalidade": Montenegro garante celeridade no processo de identificação das vítimas
O primeiro-ministro afirmou, esta quinta-feira, que sente "profunda tristeza e consternação" após o acidente do Elevador da Glória, "uma das maiores tragédias humanas" em Portugal.
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"Portugal foi abalado por um terrível acidente", começou por dizer Luís Montenegro, corrigindo o número de vítimas mortais para 16, depois de esta manhã a Proteção Civil Municipal ter afirmado que seriam 17. Desejando uma "rápida e total recuperação" aos feridos no descarrilamento, o primeiro-ministro admitiu que "nenhuma palavra será suficiente para apaziguar" a perda das famílias. "Não estão sozinhos e o país inteiro partilha a vossa dor", garante Montenegro.
O Governo está a acompanhar a evolução da situação e agradece a todas as autoridades envolvidas, da Proteção Civil aos bombeiros, hospitais, PSP, PJ, Policia Municipal, entre "tantos outros".
Montenegro garantiu que os bombeiros, o INEM e a PSP chegaram ao local do acidente em "escassos minutos", o que "permitiu salvar vidas" e evitar que a tragédia tomasse "proporções maiores". O primeiro-ministro disse ainda que o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses está a concluir "o mais rapidamente possível" as autópsias e assegurar a rápida entrega dos corpos às famílias.
Montenegro realça que esta é uma "dor que não tem nacionalidade" e que o Governo está em contacto com as famílias das vítimas nacionais e estrangeiras. Será ainda disponibilizada uma equipa em Lisboa para auxiliar a emissão de certificados de óbito.
A TAP, segundo o primeiro-ministro, disponibilizou-se para prestar apoio, "quer no transporte para território nacional de familiares, de cidadãos nacionais ou estrangeiros que se encontrem fora do nosso país, quer para repatriar feridos e mesmo transladar os corpos das vítimas mortais".
"Este é um momento de união. Esta tragédia não pode nem deve ser usada para alimentar divisões ou manobras de aproveitamento político. Vamos apurar todas as responsabilidades com sentido de respeito por todos aqueles que sofreram e sofrem os efeitos deste acidente", apelou ainda Montenegro.
"Mais logo", serão divulgados "todos os detalhes das diligências que foram efetuadas e que se encontram em curso por parte do diretor nacional da Polícia Judiciária, do presidente do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses, do diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde e do responsável pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Aéreos e Ferroviários", concluiu o primeiro-ministro.