Voluntários do Arquivo Distrital do Porto ajudam a descrever milhares de registos antigos, que ficam disponíveis para pesquisa online.
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Teófilo tem a mais bela definição sobre as origens de todo o trabalho de voluntariado que se possa fazer na vida: amor. E aplica a filosofia à minúcia quase arqueológica de pesquisar e dar luz às mais remotas origens familiares, uma curiosidade sem fim que o pôs no trilho do voluntariado no Arquivo Distrital do Porto, onde desde 2007 há um projeto aberto à comunidade, ao qual se somou, há um ano, no rescaldo da pandemia, a vertente remota, com o televoluntariado batizado "Provas de vidas" a envolver 35 pessoas.
As motivações de quem aqui chega disposto a contribuir são variadas - da genealogia familiar a interesses académicos, passando pela aprendizagem e pela preservação do património local -, mas a missão é "fazer a descrição de registos paroquiais", como define o arquivista Rui Esperança, que, a par de Olinda Cardoso e Sónia Gomes, forma o trio de técnicos que idealizou e concebeu o novo projeto, cuja modalidade de trabalho à distância permite abrir portas a voluntários de áreas geográficas distantes, como Lisboa e até de outros países, como o Brasil e os Estados Unidos. "O fim é permitir a pesquisa por nome através da base de dados que temos online", especifica Olinda Cardoso, que lembra que "há muito trabalho pela frente".