Especialista diz que mais espaços vão encerrar e sair da Baixa em 2027. Associação critica crescimento de lojas de lembranças e descaraterização do centro.
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Nunca fecharam tantas lojas históricas em tão pouco tempo, na Baixa de Lisboa. Só em dezembro de 2023, encerraram a Barbearia Campos, a mais antiga da cidade, a livraria Ferin, a Casa Chineza e o restaurante Bota Alta. Muitas correm o mesmo risco até 2027, quando deixarão de estar protegidas do aumento de rendas e despejos. Ao mesmo tempo que se perdem ícones da cidade, proliferam as lojas de "souvenirs", que estão a "descaracterizar" o centro da capital e a torná-lo "menos atrativo", lamenta a Associação de Dinamização da Baixa Pombalina.
A pastelaria Suíça e a loja de chás e cafés Pérola do Rossio, encerradas em 2018 após a venda do quarteirão onde estavam, vão reabrir: a primeira na Praça da Figueira, a poucos metros de onde morou quase um século, e a segunda no mesmo sítio. São, contudo, "exceções". "Com os preços atuais das rendas, é absolutamente impossível fecharem e voltarem", considera Pedro Guimarães, especialista em urbanismo comercial.