INAG forçado a corrigir declive profundo que ameaça segurança de banhistas.
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O aparecimento de declives acentuados, alguns com mais de três metros de profundidade, numa língua de água na praia da Foz do Arelho, vai obrigar a nova intervenção por parte do Instituto da Água. As obras deverão demorar três a quatro dias.
Uma semana depois da visita da ministra do Ambiente à Foz do Arelho, que assinalou a conclusão das obras, a Lagoa de Óbidos volta a ser palco de uma intervenção. Tudo em nome da "segurança dos banhistas", assegura Fernando Costa, presidente da Câmara das Caldas da Rainha, que afiança que a bandeira azul - símbolo de qualidade das praias - se vai manter naquela estância balnear.
Ontem, o presidente do Instituto Nacional da Água (INAG) esteve no local e observou de perto os declives acentuados que se formaram numa língua de água, onde há alguns meses se localizava a aberta (canal que liga a lagoa ao mar). Depois de conversar com técnicos, empreiteiros, autarcas e Polícia Marítima, Orlando Borges anunciou uma nova intervenção que deverá ocorrer no início da próxima semana, e que deverá ficar concluída antes do próximo fim-de-semana prolongado.
"Há neste momento um talude acentuado que nós julgávamos que o mar pudesse resolver", explicou o presidente do INAG, salientando que "por força da agitação marítima, esse talude tem um certo declive". Segundo Orlando Borges, "será feito um perfil de praia para que a prática balnear se faça em segurança". Em suma, "são pequenos pormenores e pequenos acertos que estamos a fazer aqui".
O responsável admitiu que "quando a aberta se deslocou" para junto dos concessionários temeu que houvesse dificuldades acrescidas que poderiam colocar em risco a época balnear. "A situação conjugou-se e a época balnear não está prejudicada", assegurou.
Caso pontual
"Vamos tentar aqui conciliar uma prática balnear segura que estamos plenamente convencidos de que vai existir na Foz do Arelho", afirmou Orlando Borges, garantindo que o caso dos declives "é pontual". "Somos sensíveis a estas questões e quando se trata de condições de segurança, entendemos que temos de fazer de tudo para minimizar os riscos. E é o que vamos fazer", sustentou.
Segundo o presidente do INAG a intervenção passará por retirar areia de outros locais da praia e colocar naquela língua de água, tornando-a segura para os banhistas, nomeadamente as crianças.
As obras deverão começar na segunda-feira e terminar na quarta-feira. Durante este período, a área será interdita a banhistas.
Durante o fim-de-semana, haverá um reforço de segurança naquela área.