No antigo edifício do cineteatro do Marco de Canaveses nasceu uma biblioteca, auditório e sala de espetáculos.
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O Município do Marco de Canaveses inaugura esta quinta-feira o Emergente - Centro Cultural (ECC), espaço composto por auditório, sala de espetáculos e biblioteca municipal. O ECC representa um investimento de 1,5 milhões de euros e está vocacionado para dinamizar atividades de cariz musical, teatro e cinema, mas também para a realização de exposições temporárias, workshops e conferências.
O Centro Cultural localiza-se no edifício onde outrora funcionou o Cineteatro Alameda dos bombeiros, daí o nome Emergente (emergência/socorro) e que posteriormente passou a património municipal, após uma rocambolesca negociação de venda e recompra entre Autarquia e empreiteiro, que chegou a ser investigada pelas autoridades.
Aberta desde dezembro
A biblioteca, localizada no primeiro piso, abriu ao público a 11 de dezembro, ficando a inauguração de todo o complexo adiada por causa da pandemia. A abertura agendada para esta noite tem como ponto alto a atuação da Orquestra do Norte, que será antecedida pelo lançamento do livro Emergência366, juntamente com a inauguração da exposição de fotografia dos fotojornalistas Adriano Miranda e Paulo Pimenta, sobre os 366 dias de pandemia. Na sexta-feira, sobe ao palco do Emergente Manuel Cruz com a sua "Vida Nova".
"A aposta será trazer até ao concelho produções com um cariz apelativo, não descurando a participação das coletividades e instituições locais", explica Cristina Vieira, presidente da Câmara. A autarca, que herdou o projeto do Executivo anterior, lembra que teve de o reformular, atendendo que se ia construir "apenas mais um auditório, sem palco capaz para uma peça de teatro ou um concerto", refere.
A programação cultural do Emergente está a cargo de Rita Guimarães, que tem por objetivo conciliar a produção nacional compatível com o espaço e o trabalho das associações culturais e recreativas do concelho.
A lotação do auditório é de 213 lugares, mas por enquanto, devido às orientações da DGS, a lotação da sala baixa para os 107 lugares, além dos dois lugares de mobilidade reduzida.
Programa
Dia 15 - Sobe ao palco a peça de teatro "Dama pé de mim", de Ana Madureira.
Dia 20 - A conferência "Cidade do Marco; uma cidade que se renova", assinala a data de elevação a cidade.
Dia 22 - Congresso "Caminhos de Santiago e de peregrinação", às nove horas.
Dia 6 de junho - "Seis conselhos para um rio", sobe ao palco pelo Teatro Regional da Serra do Montemuro.