Empresários de diversões voltaram, este sábado, a manifestar-se em Ponte de Lima contra a alegada "falta de transparência" na atribuição de lugares para as festas concelhias, através de um desfile de dezenas de camiões pelas ruas da vila.
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Segundo Luís Paulo Fernandes, presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Diversões (APED), no protesto marcaram presença "mais de 50" camiões que "entupiram completamente" o trânsito em Ponte da Lima.
Fonte da PSP contactada pela Lusa contrapôs que entre camiões e carrinhas "serão cerca de 30 viaturas", uma situação que "está a causar alguns constrangimentos" na circulação, "embora o trânsito vá circulando".
O presidente da Câmara, Victor Mendes, disse à Lusa que hoje mesmo recebeu os manifestantes "para tentar chegar a um acordo", mas sem sucesso, "uma vez que eles se manifestaram irredutíveis".
A APED considera que houve "falta de transparência" na adjudicação dos espaços para os divertimentos nas festas concelhias, as Feiras Novas.
"A negociação foi injusta e pouco transparente, não cumpriu com o direito de concorrência e com a igualdade de oportunidades", disse, à Lusa, o presidente daquela associação, falando em "favorecimento" a um empresário.
A APED tem outras manifestações agendadas para 22, 23, 27, 28, 29 e 30 de maio.
Para o presidente da Câmara de Ponte de Lima, o processo de negociação do terrado "foi completamente transparente", pelo que o protesto da APED "não tem qualquer razão de ser".
"A Comissão de Festas tem de cumprir com o que está no seu regulamento e de defender os interesses das Feiras Novas e do concelho de Ponte de Lima, e foi isso que fez, com total transparência", referiu.
Victor Mendes disse ainda que a APED "não pode querer impor as suas regras em Ponte de Lima".
"Este é um país de lóbis em que todos querem impor as suas leis, mas em Ponte de Lima há um regulamento e é esse que tem de ser respeitado", acrescentou.
As festas são organizadas pela Associação Concelhia das Feiras Novas, cujo presidente, Franclim Sousa, também vereador na Câmara de Ponte de Lima, explicou que na origem deste protesto está apenas um empresário de pistas de carrinhos para adultos.
"Num dia esse empresário apresentou-nos uma proposta de 6 mil euros e no dia seguinte um outro empresário apresentou-nos uma proposta de 8 mil. Em defesa dos interesses da associação de festas, a melhor oferta foi aceite. Quem dá mais, fica com o lugar", explicou.