Um relatório elaborado por um dos projetistas da obra de consolidação da muralha do Castelo que ruiu a 28 de outubro aponta a entrada de água provocada pela chuva intensa como causa da derrocada. A oposição socialista veio a público afirmar que a queda podia ter sido evitada.
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O relatório recorda a precipitação intensa que se fez sentir para concluir que "o derrube do pano de muralha se deveu à entrada da água no miolo da parede da mesma".
É justificado que, aquando das chuvas, "o miolo da muralha em construção estava inacabado, pelo que permitiu a entrada de água".
O relatório é, contudo, omisso a qualquer referência de possiveis falhas nos procedimentos que pudessem ter evitado este acontecimento.
A comissão concelhia do PS realça que "é possível cogitar sobre a inoperância e a falta de zelo deste responsável enquanto decorriam as obras neste admirável e valioso monumento que faz parte da nossa identidade. Esta derrocada poderia ter sido evitada, é a conclusão final plasmada no relatório".
Aponta ainda críticas ao vice-presidente e responsável pelas obras públicas "pela evidente falta de atitude política do Vereador das Obras Públicas, Dr. Amadeu Albergaria, quando o assunto é grave".
"Exigimos que se assuma as devidas responsabilidades políticas pelo lamentável sucedido, pelo que entendemos que nada mais resta ao Sr. Vereador, Amadeu Albergaria, a dignidade de apresentar um pedido de desculpas a todos os feirenses pelo o seu erro", acrescenta.
Na resposta, a autarquia diz que "só se pode entender este comunicado e as declarações nele mencionadas num quadro de desconhecimento profundo do que é uma empreitada pública ou num quadro de combate partidário que naturalmente não compete à Câmara Municipal comentar".
Adianta, ainda, que a Câmara não terá qualquer custo com a reconstrução.