A Feira Afonsina comçou na sexta-feira e estende-se até segunda-feira, com história e entretenimento.
Corpo do artigo
Foi já ao por-do-sol que a cidade, quase que de um momento para o outro, se tornou irreconhecível – pelo menos no seu ambiente e nas suas caras. A Feira Afonsina arrancou ao fim da tarde de sexta-feira, mas foi já perto das 20 horas que a adesão do público se fez sentir. Pelo jantar, já filas de metros compunham cada um, sem exceção, dos locais de refeição montados por estes dias nas saias da encosta do castelo.
A Feira Afonsina, na sua 12ª edição, é já um momento esperado pelos vimaranenses para assistirem à sua cidade, por uns dias, disfarçada de outros tempos. Menos comum é o já sentido este ano: são muitas as línguas e sotaques que por aqui se têm ouvido nesta edição, principalmente espanhol, galego, inglês e português do Brasil.
Miriam Santos é um dos exemplos. Encontramo-la na encosta do Castelo de Guimarães, virada ao Paço dos Duques já sentada com a filha, de sete anos, nos fardos de palha que compõem uma bancada. “Mudamo-nos para Portugal no ano passado e temos aproveitado estes eventos para conhecer novas cidades”, conta. A família natural de Minas Gerais, no Brasil, vive em Famalicão, mas é utilizadora assídua da programação cultural de todo o quadrilátero – composto ainda por Braga, Barcelos e Guimarães.
Mãe e filha aguardavam o início do primeiro momento de “Os alicerces do reino”, o momento histórico de maior dimensão da programação e que deve o seu nome ao próprio tema da feira. Foi pelas 21 horas em ponto, ainda com o lusco-fusco, que um ator entrou em cena, já em personagem, para interromper os dois militares que treinavam as habilidades com a espada – e que iam entretendo o público que aguardava.
A meia-hora seguinte foi o momento mais lúdico que até então se tinha experienciado. O primeiro a falar foi D. Afonso Henriques. E por ali seguiu o teatro, que mais não passava do que uma conversa entre o Conquistador e os representantes das Ordens Militares e Religiosas em que o público poderia ficar a conhecer os passos que se seguiram à Batalha de S. Mamede, ocorrida em 1128 em Guimarães.
Terminando, as centenas de espectadores dispersaram para os restantes espaços da Feira Afonsina, que se estende até à zona de couros da cidade. Até esta segunda-feira há formações, atividades para os mais novos, refeições, comércio e representações cénicas que pretendem evocar Guimarães do século XII.
Horário
23 de junho: 11.30 horas - 1 hora
24 de junho: 11.30 horas - 22 horas
Recriação histórica
23 de junho: 17 horas, 21 horas e 23 horas
24 de junho: 15 horas, 17 horas e 21 horas