A Escola Secundária de Seomara da Costa Primo, na Amadora, está a funcionar normalmente, um dia após a morte de um jovem de 19 anos, na sequência de confrontos entre dois grupos rivais.
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A informação foi transmitida à agência Lusa por um dos elementos da direção da escola. No local, o ambiente é calmo, notando-se apenas a presença de um carro policial e de dois agentes do Programa Escola Segura à entrada do estabelecimento de ensino, situado na zona da Venteira.
Os confrontos começaram nas proximidades da escola, tendo depois dois jovens entrado no estabelecimento de ensino, onde o de 19 anos acabou por morrer, devido a ferimentos provocados por facadas no tronco.
Numa nota enviada à Lusa, a escola esclarece que, "na sequência de uma rixa nas proximidades da escola, entre dois grupos rivais, dois jovens feridos refugiaram-se na escola, procurando ajuda".
O jovem de 19 anos, acrescenta a nota, "apresentava sinais de esfaqueamento e caiu inanimado a caminho do posto médico". O segundo envolvido "tinha ferimentos na cabeça, tendo sido levado primeiro para o posto médico e depois para o Hospital Amadora-Sintra", acabando por ter alta médica.
Segundo a escola, "foram imediatamente contactadas as autoridades e o INEM [Instituto Nacional de Emergência Médica]", mas, apesar das tentativas de reanimação, "o jovem de 19 anos acabaria por falecer no local".
Após a ocorrência, as aulas foram suspensas durante o resto da tarde de quinta-feira, tendo a direção "evacuado controladamente" o estabelecimento de ensino.
No comunicado, assinado pelo presidente da Comissão Administrativa Provisória, é referido que nenhum dos dois jovens envolvidos frequentou a Escola Secundária de Seomara da Costa Primo, contrariando a informação das autoridades e de moradores, os quais adiantaram que a vítima mortal era ex-aluno do estabelecimento.
A nota termina com a direção escolar a endereçar as "mais sinceras condolências" à família do jovem.
No decorrer das investigações, a PSP levou três jovens para a esquadra da Amadora, os quais, após terem sido interrogados, na quinta-feira, por inspetores da Polícia Judiciária (PJ), saíram em liberdade mas notificados para comparecerem hoje nas instalações desta força de segurança.
Contactada pela Lusa, a PJ apenas sublinhou que a "investigação está a decorrer".
Segundo a PSP, os dois grupos rivais já se tinham envolvido em confrontos na quarta-feira, em Queluz, os quais terão dado origem à rixa de quinta-feira.