O município de Esposende destruiu 417 ninhos de vespas asiáticas durante todo o ano de 2024.
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O elevado número de ninhos destruídos pelo gabinete técnico florestal da Câmara Municipal prende-se com o sucesso reprodutor desta espécie - mais agressivo do que o de outras semelhantes - e a elevada capacidade de disseminação, que interfere no bem-estar e na segurança da população.
A presença da vespa velutina representa vários riscos, nomeadamente para a apicultura, com efeitos negativos quer para a população de abelhas, quer para a produção de mel. As repercussões negativas alargam-se, também, à atividade agrícola, principalmente pelo efeito decorrente da diminuição da atividade polinizadora das abelhas e ao bem-estar e segurança dos cidadãos, atendendo às suas picadas.
Estão, ainda, por apurar os efeitos negativos que a vespa asiática produz no ambiente, não sendo conhecido o seu total impacto no ecossistema, pois, tratando-se de uma espécie não indígena, é uma natural predadora das abelhas e de outros insetos.
A adaptação desta espécie ao clima do país tem-se revelado dinâmica. Como tal, a resposta passa também por uma gestão adaptativa. A espécie, que supostamente teria um período de hibernação, tem apresentado atividade durante todo o ano, detetando-se ninhos secundários com maior proximidade física entre si, entre outras alterações dinâmicas de comportamento da espécie.
O município de Esposende apela para que, sempre que seja detetado um ninho de vespa asiática, o comunique à Câmara Municipal, à junta de freguesia ou pela plataforma stopvespa.icnf.pt.