As conclusões de um estudo que avaliou o impacto das alterações climáticas e do turismo em três áreas protegidas do país apontam para que a linha de costa na faixa do Parque Natural do Litoral Norte (PNLN), em Esposende, recue em média 28 metros até 2043.
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A zona das torres de Ofir é apresentada como uma das “mais vulneráveis à subida do nível do mar” a nível nacional.
Segundo o relatório final do projeto CLICTOUR, coordenado pelos professores da Universidade do Minho Rita Sousa e António Vieira, entre 2006 e 2023, a linha de costa retrocedeu, de forma geral, em toda a faixa litoral do Parque Natural do Litoral Norte.
Pressão turística
A área “mais crítica” está compreendida entre a extremidade norte da Restinga de Ofir (foz do rio Cávado) e a Praia da Bonança, uma zona que, além de possuir taxas de erosão superiores, “sofre de uma enorme pressão turística, sendo a Praia de Ofir uma das mais movimentadas na região nos meses de verão”.
Os investigadores apontam ainda que a existência de edifícios e infraestruturas de turismo e habitação próximas à linha de costa leva a que esta zona “seja uma das mais vulneráveis à subida do nível do mar, tanto a nível regional, como a nível nacional”.
Em maio, questionado sobre as torres de Ofir, o presidente da Câmara de Esposende, Benjamim Pereira, assegurou que não são um problema e disse que seriam necessários cerca de 50 milhões de euros só para pagar a demolição das três torres.