A Secretária Regional do Turismo da Madeira informou hoje, segunda-feira, que não vai ser decretado o estado de calamidade na ilha, apesar dos estragos e vítimas causados pelo mau tempo.
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"Perante este estado de coisas não vai ser declarado o estado de calamidade", afirmou Conceição Estudante, Secretária Regional do Turismo e Transportes.
A responsável falava durante uma conferência de imprensa onde foram atualizados os números das vítimas.
O último balanço do governo regional dava conta de 42 mortos, 24 já identificados, um deles é uma cidadã de nacionalidade britânica.
De acordo com a mesma fonte, estão 18 cadáveres por identificar e o governo regional pede a quem tenha ainda familiares ou conhecidos desaparecidos que se dirija à morgue instalada debaixo da pista do aeroporto internacional da Madeira.
Quatro pessoas continuam desaparecidas, 18 estão hospitalizadas e 250 desalojados.
"A água e a eletricidade já estão resolvidas em algumas zonas, sendo que o problema persiste na zona baixa do Funchal", disse.
Na cidade do Funchal, há duas ribeiras que estão já normalizadas, a de Santa Luzia e a de João Gomes.
Por outro lado, o acesso por via expresso à vila da Ribeira Brava está cortado na zona do Campanário, por perigo de derrocada. O acesso faz-se agora pela antiga estrada regional.
O executivo regional criou também um Centro de Apoio na Quinta Magnólia - centro nevrálgico da Proteção Civil na Madeira - o qual pode ser contactado pelo número de telefone 965 273 387.
A secretária regional disse ainda que foi criada uma conta no Banif com o nome de "Fundo de Apoio à reconstrução da Madeira", o qual tem o NIB 003800011986711677151.
A mesma fonte adiantou que já foram disponibilizadas mais algumas das carreiras da empresa de transportes públicos, Horários do Funchal.
Por precaução, o governo regional pede que "a população ferva a água, antes de a consumir".