A assinatura do protocolo sobre o desenvolvimento de novos estudos ocorreu esta manhã e foi alvo de duras críticas pelos autarcas de Vila do Conde e Trofa.
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Reconhecendo o "momento importantíssimo" que se viveu esta manhã para a mobilidade na Área Metropolitana do Porto, a presidente da Câmara de Vila do Conde, Elisa Ferraz, quando se preparava para, com a sua assinatura, terminar a cerimónia, quis deixar um alerta e relembrar a presença de "alguns municípios" na cerimónia.
"Tenho que dizer que Vila do Conde está aqui, fui chamada para assinar este protocolo, mas não há uma única obra prevista para o meu município e não fui chamada a partilhar as necessidades do meu município a este nível. Quero deixar claro que estou aqui, defendendo os interesses do meu município e dizendo que também Vila do Conde tem um projeto. Há aspirações que não estão contempladas neste protocolo", criticou a autarca, dizendo ter recebido alterações de "última hora" ao documento, esta quinta-feira à noite.
"Manobras de diversão"
Momentos antes do início da cerimónia, também Sérgio Humberto, presidente da Câmara da Trofa, teceu duras críticas à Área Metropolitana do Porto, demonstrando dúvidas relativamente à eficiência deste protocolo e esperando que tudo não se trate de "manobras de diversão". O autarca assegurou, ainda, não ter tido qualquer debate com o Conselho Metropolitano sobre o documento que foi assinado esta manhã.
"Há aqui muita coisa obscura. É lamentável que este tipo de coisas não sejam discutidas à mesa com todos os municípios", afirmou Sérgio Humberto, indicando faltarem cerca de nove autarcas na cerimónia, que fazem parte da Área Metropolitana do Porto. O autarca disse ainda ter receio sobre estes estudos - que serão realizados pela empresa Metro do Porto e que deverão estar prontos em dezembro -, supondo que, em "muitos dos municípios que esperam fazer parte desta expansão, nada vai acontecer", e garantindo sentir-se "mal" em participar na cerimónia.
Por sua vez, durante o seu discurso, o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, garantiu "transparência e rigor" na realização destes estudos. "É impensável que algum autarca venha a dizer que estão a fazer o trabalho e não nos mostram. A qualquer momento que o peçam, podem conhecer o trabalho", afirmou.