Ex-presidente da Metro diz que segunda fase do metrobus não é política, mas obrigação contratual
Ex-presidente da Metro defende-se, mas Rui Moreira continua a discordar da data escolhida para as obras.
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O tema do metrobus não se esgota. O ex-presidente da Metro, Tiago Braga, defende-se das críticas, ao argumentar que o início da segunda fase, na Boavista, deve-se ao "cumprimento do contrato" e aos "fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)", enquanto que, na resposta, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, explica que apenas emitiu uma licença de ocupação do espaço público para o início das obras e que na autarquia "não pode haver veto de gaveta", mantendo o entendimento que a empreitada só devia ter início após as eleições autárquicas e a "instalação" do próximo executivo camarário.
Antes de deixar a liderança da Metro, Tiago Braga enviou uma carta ao presidente da Assembleia Municipal do Porto, Sebastião Feyo de Azevedo, a repudiar a "indignação" manifestada por aquele órgão autárquico em relação ao começo dos trabalhos, para já entre as avenidas Marechal Gomes da Costa e Antunes Guimarães, mas com a perspetiva de chegar até Garcia de Orta. O ex-presidente garante que o arranque "não está associado a qualquer calendário político" e salienta duas fortes razões: "necessidade de cumprir o contrato, que impõe prazos determinados, e respeitar os calendários associados ao PRR, sob pena de perda de fundos".