Moradores de uma urbanização em Braga lamentam a falta de estacionamento exigem a alteração do trânsito para sentido único naquelas artérias, para que possam ser criadas baías de estacionamento junto às moradias. Dizem que não têm alternativas para deixar os carros e já foram multados à conta do estacionamento abusivo.
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Cerca de 20 moradores da urbanização da Garapoa, na freguesia de Celeirós, em Braga, subscreveram um abaixo-assinado, em que exigem a alteração do trânsito para sentido único naquelas artérias, para que possam ser criadas baías de estacionamento junto às moradias. Os queixosos dizem que não têm alternativas para deixar os carros e já foram multados à conta do estacionamento abusivo.
O presidente da Junta, Carlos Guimarães, que esteve reunido com técnicos municipais, assegura que não podem ser feitas mudanças à circulação rodoviária.
Fátima Dias, moradora na Rua dos Malmequeres, diz que "não é a primeira nem segunda vez" que é multada por deixar os carros estacionados à porta de casa. A última situação ocorreu no início do ano e afetou, também, vizinhos, como José Veiga.
Multas foram "bem aplicadas"
"Tudo aconteceu, porque duas senhoras tiveram um ligeiro acidente, não se entenderam e chamaram a GNR. Os agentes tomaram conta da ocorrência e, ainda, multaram os carros todos na Rua dos Malmequeres", recorda o morador, reconhecendo que as multas "foram bem aplicadas", mas trouxeram ao de cima o problema com a falta de lugares de estacionamento na urbanização.
"Da última vez, contestei a multa e, ainda, fui notificada pela Câmara com um total de 81 euros. Querem que pague a multa e as custas do processo", lamenta Fátima Dias, adiantando que foi depois desse episódio que os vizinhos se uniram para subscrever um abaixo-assinado com a proposta "de criar um sentido único nas ruas".
Carlos Guimarães garante que o documento foi levado ao responsável de divisão de trânsito do Município de Braga, que revelou ser "impensável" a criação de vias de sentido único.
A polícia só lá vai, quando os vizinhos fazem queixa uns dos outros
"Iria beneficiar dois ou três moradores, mas causaria transtorno a muita gente", sublinha o autarca, acrescentando que as alterações iriam levar a que "pessoas que fazem 100 metros para chegar a casa, passassem a fazer um quilómetro". "Para beneficiar uma rua, prejudicávamos o bairro todo", atesta.
Segundo o autarca, a urbanização, com cerca de 30 anos, "foi mal concebida", ao não garantir baías para deixar os carros. Contudo, frisa Carlos Guimarães, os constrangimentos e multas poderiam ser evitadas pela população. "Se todas as pessoas estacionassem o carro do mesmo lado, não havia problemas. Quando estacionam à direita e à esquerda, torna-se difícil passar. A polícia só lá vai, quando os vizinhos fazem queixa uns dos outros", conclui.