Exposição marca início das comemorações dos 650 anos do Feito dos Alcaides de Faria
"Era uma Vez... o Castelo de Faria" é o nome da exposição, patente na Sala Gótica do edifício da Câmara Municipal de Barcelos, que marca o início das comemorações dos 650 anos do Feito dos Alcaides de Faria.
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O programa estende-se até ao final do ano e terá diversas atividades dedicadas ao público escolar, no sentido de que as novas gerações aprendam e reconheçam a importância dos Alcaides e do seu Feito.
Já no próximo dia 14 há o desfile "O Castelo de Faria na Idade Média", uma atividade que vai acontecer no Centro Histórico de Barcelos e que envolve cerca de 400 alunos e professores dos Agrupamentos de Escolas Rosa Ramalho e Alcaides de Faria.
A 17 de junho, pelas 15 horas, terá lugar a Sessão Solene das Comemorações dos "650 anos do Feito dos Alcaides de Faria", nos Paços do Concelho, e que reunirá, entre outros, a Comissão de Honra e a Comissão Executiva. No mesmo dia, pelas 17.30 horas, será feita uma visita encenada no Castelo de Faria.
Mais tarde, de 6 a 8 de outubro, também no Castelo de Faria, vão realizar-se diversas oficinas alusivas à época e haverá recriações e animações temáticas. De 26 a 28 de outubro, decorre o seminário "os Alcaides de Faria na génese do concelho de Barcelos", dedicado a dois públicos distintos, em dois palcos diferentes: no edifício dos Paços do Concelho, uma sessão mais vocacionada para investigadores e outros públicos interessados, e uma sessão mais vocacionada para estudantes, na escola Alcaides de Faria.
A lenda
Reza a lenda que em 1373, no reinado de D. Fernando, o exército castelhano invadiu Portugal pelo Minho. As tropas portuguesas tentaram travar o avanço do inimigo, dando-lhe combate nos campos a norte de Barcelos. Durante a batalha, os castelhanos aprisionaram o alcaide do Castelo de Faria, Nuno Gonçalves, e levaram-no ao castelo para forçar a rendição dos portugueses. Nas portas do castelo, o alcaide gritou ao filho que não entregasse o castelo. Os castelhanos mataram Nuno Gonçalves diante do filho que, mesmo assim, não entregou o Castelo de Faria. Este ato heroico transformou-se numa página lendária da história de Portugal, imortalizando a valentia de Nuno Gonçalves e o espírito de valentia e coragem do povo português na defesa do reino.