Uma falha nos comandos electrónicos terá estado na origem do acidente de domingo numa embarcação turística que navegava no Douro e que obrigou à evacuação de 200 passageiros, informou a empresa gestora esta segunda-feira.
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"Por razões que só uma peritagem exaustiva irá identificar, sem que nada o fizesse prever, o motor deixou de trabalhar normalmente e engrenou à ré, vindo a embater numa rocha junto à margem direita do rio Douro, entre as pontes D. Maria e do Infante", afirma em comunicado a gerência da Barcadouro - Sociedade de Turismo Fluvial e Terrestre.
A empresa, que gere a embarcação que sofreu um acidente no Douro, anunciou esta segunda-feira que vai fazer uma "peritagem exaustiva" à embarcação e comunicar os seus resultados.
A gerente da Barcadouro refere não ter havido qualquer rombo no casco da embarcação, mas apenas um rasgo no sistema que apoia o leme, e adianta que na altura do acidente a velocidade do "Independência" era de 2 milhas náuticas/hora.
"O "Independência" é a primeira embarcação do tipo catamarã a operar no rio Douro, o que faz desde 16 de Setembro, depois de ter sido submetida a uma profunda reconversão e modernização, e obtidas todas as autorizações legais exigíveis. Antes, foi submetido a vários testes, nada tendo ocorrido que pudesse prenunciar uma avaria como a que veio a ocorrer", acrescenta.
A empresa explica ainda que, durante muitos anos, este catamarã fez a ligação marítima entre o Funchal e a ilha de Porto Santo, na Região Autónoma da Madeira, apresentando índices de estabilidade e operação para águas interiores de bom nível.
"Vai ser feita uma peritagem exaustiva da embarcação, cujos resultados oportunamente comunicaremos.", conclui a empresa.
Cerca das 18.30 horas de domingo, a embarcação turística navegava no Douro quando embateu numa das margens. O acidente obrigou à retirada imediata dos cerca de 200 passageiros que se encontravam a bordo, com a ajuda de outro barco turístico.